"O Sr. Manier é o autor de um genocídio e de crimes contra a humanidade", afirmou Céline Viguier, uma das duas advogadas gerais. "Não é um 'peixe pequeno', não é um mero executor, mas um elo fundamental na implementação do genocídio" no Ruanda em 1994, insistiu, antes de pedir a pena mais severa possível para estes crimes.
Nas alegações finais, a advogada-geral Céline Viguier e Louisa Aït Hamou pediram ao tribunal que "responsabilizasse criminalmente o arguido" por todas as acusações feitas contra o antigo polícia.
Manier é acusado de crimes contra a humanidade, participação numa conspiração criminosa para preparar os crimes de genocídio e outros crimes contra a humanidade, genocídio e crimes contra a humanidade.
Descrevendo Manier, de 66 anos, como um "mentiroso e um fabulador", os representantes do Ministério Público afirmaram que "não lhe pode ser dado qualquer crédito".
Criticaram a decisão do arguido não falar sobre os factos. Durante o julgamento, o antigo polícia "não demonstrou qualquer emoção", lamentam, apesar de dezenas de sobreviventes dos massacres terem testemunhado no tribunal ou por videoconferência.
Philippe Manier não só participou nos massacres, como, na qualidade de chefe da 'gendarmerie', "incitou" a população a matar, dando muitas vezes o exemplo.
O veredicto é esperado na quarta-feira.
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