Luiz Inácio Lula da Silva sublinhou que este é o "maior plano de financiamento público" para a agricultura apresentado no país, com recursos 27% superiores aos atribuídos no ano passado, e que o seu objetivo é promover a "responsabilidade" na atividade agrícola.
"No Brasil, não precisamos de desmatar nada para criar mais gado ou plantar mais soja", declarou o Presidente brasileiro, que exortou todos os empresários do campo, na sua maioria conservadores, a "respeitarem mais a natureza" e a deixarem "ideologias" de lado, em prol de um crescimento económico sustentável.
O chefe de Estado reiterou que o país tem 30 milhões de hectares de terras degradadas que o Governo planeia recuperar para ajudar a combater a crise climática, sem "agredir ainda mais" a natureza.
"Nenhum cidadão tem o direito, em nome dos madeireiros ou dos agricultores, de cortar uma árvore que existe há 300 anos e que foi uma dádiva para toda a humanidade", afirmou.
Os empréstimos do Plano Safra 2023-2024 destinam-se a médios e grandes produtores e financiam operações baseadas em cuidados ambientais e "práticas corretas" do ponto de vista ecológico.
Serão concedidos por bancos públicos, com taxas de juro preferenciais de cerca de 8% ao ano, contra os atuais 13,75 % que as taxas de referência estabelecidas pelo Banco Central mantêm.
De acordo com a ministra do Ambiente, Marina Silva, com este plano o Governo começa a traçar o caminho "para uma agricultura de baixo carbono", que permitirá ao campo brasileiro alcançar "uma verdadeira sustentabilidade económica, social e ambiental".
Marina Silva destacou que este apoio à agricultura sustentável também reforça a decisão do Governo de Lula da Silva de alcançar uma taxa de "desmatamento ilegal zero" até 2030, tanto na Amazónia como nos outros biomas do país.
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