Processo na Geórgia? "Interferência" nas eleições de 2024, diz Trump
O ex-Presidente dos Estados Unidos Donald Trump classificou o processo na Geórgia, em que foi indiciado de conspiração para reverter a derrota eleitoral de 2020, de "interferência eleitoral [nas presidenciais de 2024] em nome dos democratas".
© Lusa
Mundo Donald Trump
Pouco depois de ter sido anunciado que o republicano tinha sido indiciado, Trump enviou um email no qual solicitava a angariação de fundos para a sua campanha às presidenciais de 2024.
Na mensagem, o ex-Presidente descreveu o processo como "o quarto ato de interferência eleitoral em nome dos democratas, numa tentativa de manter a Casa Branca sob o controlo de (...) Joe [Biden] e de prender o seu maior opositor às eleições de 2024".
Já a equipa jurídica de Trump disse que a acusação da Geórgia resultou de uma "apresentação unilateral do grande júri" que "contou com testemunhas que têm os seus próprios interesses pessoais e políticos".
O trio de advogados, Drew Findling, Jennifer Little e Marissa Goldberg, afirmaram que "aguardam com expectativa uma análise pormenorizada desta acusação, que é, sem dúvida, tão imperfeita e inconstitucional como tem sido todo este processo".
Donald Trump foi indiciado na Geórgia, na segunda-feira, por conspiração para reverter ilegalmente a derrota nas eleições de 2020 naquele estado norte-americano.
Este é o quarto processo criminal contra o antigo Presidente e o segundo em que é acusado de tentar subverter os resultados da votação.
A acusação de Trump pelo grande júri do condado de Fulton resulta de uma investigação de dois anos iniciada após um telefonema, de janeiro de 2021, em que o então Presidente sugeriu que o secretário de Estado republicano da Geórgia poderia ajudá-lo a "encontrar 11.780 votos" necessários para reverter a derrota para o democrata Joe Biden.
Outros 18 arguidos indiciados no mesmo processo incluem o ex-chefe de gabinete da Casa Branca Mark Meadows, o advogado pessoal de Trump, Rudy Giuliani, e um funcionário do Departamento de Justiça da administração Trump, Jeffrey Clark.
Trump foi anteriormente acusado, no início de agosto, por um grande júri federal, de conspirar para minar a votação de 2020 e impedir a transferência pacífica de poder através de uma série de mentiras e ações ilegais tomadas após as eleições gerais e que levaram ao violento motim dos seus apoiantes no Capitólio dos EUA, a 06 de janeiro de 2021.
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