Programas transfronteiriços são "preparação prática para adesão" à UE
A comissária europeia da Coesão e Reformas, Elisa Ferreira, afirmou hoje que os programas transfronteiriços Interreg são "uma preparação prática para a adesão" à União Europeia, destacando o reforço do programa com a Ucrânia e Moldova.
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"Onde o Interreg faz uma contribuição única é no alargamento. O Interreg é uma preparação prática para a adesão [à União Europeia], é uma oportunidade única para começar trabalho concreto sobre as prioridades europeias, bem como construir as capacidades administrativas necessárias para gerir fundos europeus", disse a comissária portuguesa.
A responsável do executivo europeu falava hoje em Santiago de Compostela, na Galiza, em Espanha, no âmbito do evento anual do programa transfronteiriço europeu Interreg, que fomenta a cooperação entre zonas de fronteira por toda a União Europeia.
Anteriormente, Elisa Ferreira já tinha salientado o reforço do programa Interreg NEXT com a Ucrânia e Moldova, em detrimento da cooperação com a Rússia e Bielorrússia.
Em agosto, a Comissão Europeia anunciou que 135 milhões de euros do programa destinados à Rússia e Bielorrúsia iam ser canalizados para projetos na Ucrânia e Moldova, na sequência da invasão russa da Ucrânia.
Para os projetos com a Rússia e Bielorrússia, Elisa Ferreira reconheceu que a "situação é difícil", estando a Comissão Europeia comprometida a "encontrar formas de abordar essa perda de oportunidades transfronteiriças".
"Vamos dar o nosso melhor para encontrar soluções a todos os níveis, especialmente para os cidadãos, para organizações não-governamentais e empresas" naquelas zonas, assegurou.
Em 16 de agosto, a Comissão Europeia esclareceu que os 135 milhões têm como propósito o desenvolvimento de serviços de saúde, educação e projetos de investigação, assim como a criação de condições para reforçar capacidades institucionais e administrativas para gerir fundos da UE nos dois países, candidatos à adesão desde 2022.
Pouco depois do início da invasão da Ucrânia, a Comissão Europeia suspendeu a cooperação com Moscovo e com Minsk o que levou à restrição de 26 milhões de euros e sua redistribuição para Kyiv e Chisinau.
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