"Muito provavelmente começarão quando houver uma sobrecarga maior no nosso sistema energético, o que cria condições mais favoráveis para os ataques", afirmou o general Vadim Skibitski, um dos principais responsáveis dos serviços de informação militar ucraniana (GUR), à RBK-Ucrânia.
O general acrescentou que estes bombardeamentos devem coincidir com o momento de maior consumo de energia elétrica.
"Os russos estão a esperar que as temperaturas caiam abaixo de zero", acrescentou o alto funcionário do GUR.
Segundo o general, estes ataques poderiam consistir apenas numa combinação de mísseis de vários tipos ou incluir também 'drones' iranianos Shahed e mostrou-se convencido que os bombardeamentos "não serão tão primários como os do ano passado".
No outono de 2022 e durante o inverno passado, a Rússia lançou inúmeros ataques contra a rede elétrica e térmica ucraniana, destruindo centrais elétricas e outras infraestruturas energéticas e deixando milhões de ucranianos sem luz e aquecimento durante semanas.
Neste outono, as forças russas dispararam mais de uma centena de mísseis contra a infraestrutura energética ucraniana num só dia, reduzindo a sua capacidade de lançar ataques desta magnitude no inverno.
Segundo Skibitski, o GUR espera que a Rússia utilize um maior número de mísseis de cruzeiro na campanha de ataque deste ano. A Rússia não lança tais mísseis contra a Ucrânia desde 25 de setembro, sugerindo que pode estar a guardá-los para uma utilização posterior.
Graças aos envios dos seus parceiros ocidentais, a Ucrânia tem agora mais defesas antiaéreas em relação ao ano passado. No entanto, muitas áreas do país continuam vulneráveis ao arsenal russo de mísseis e 'drones'.
De acordo com uma estimativa publicada hoje pelo GUR, a Rússia possui atualmente um total de 870 mísseis de alta precisão.
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