"A UE opõe-se resolutamente ao preconceito, discriminação e ódio. A nossa solidariedade está com os cidadãos russos e outros adversamente prejudicados por esta decisão", declarou o alto-representante do bloco comunitário para os Negócios Estrangeiros, Josep Borrell, em comunicado.
O chefe da diplomacia criticou a decisão da mais alta instância judicial da Rússia por "impedir as pessoas LGBTQIA+ de usufruírem dos seus direitos humanos e dignidade com receio de uma perseguição injustificada".
Para Josep Borrell, a decisão é o episódio mais recente de um esforço de décadas por partes do Presidente russo, Vladimir Putin, para coartar os direitos desta parte da população.
"A UE exorta a Rússia a acabar com esta repressão infundada, a cumprir as obrigações internacionais que tem e a respeitar, proteger e fazer cumprir os direitos humanos sem quaisquer discriminações", completou o alto-representante da UE para os Negócios Estrangeiros.
Na quinta-feira, o Supremo Tribunal da Rússia anunciou a proibição de toda e qualquer manifestação de pessoas LGBTQIA+ na Rússia, considerando extremista o movimento que defende os direitos das pessoas homossexuais, bissexuais, transgénero, intersexuais, assexuadas e sem género definido.
Nos últimos anos o Kremlin intensificou a repressão contra as pessoas LGBTQIA+, alimentando a perseguição destes cidadãos. A repressão é vista como uma maneira de fazer valer a agenda ultraconservadora de Putin, que classifica, por exemplo, este movimento como uma invenção ocidental que tem como propósito destruir as bases da sociedade russa.
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