A Comissão para os Assuntos dos Detidos Palestinianos, num comunicado divulgado no Facebook, que o falecido é Khaled Mahmoud Qasim Abdullah, residente no campo de refugiados da cidade de Jenin (norte), na Cisjordânia, detido na prisão de Megiddo.
A instituição adiantou que o homem estava detido administrativamente desde novembro de 2023, uma fórmula usada principalmente contra palestinianos pelas autoridades israelitas para manter sob custódia sem acusação qualquer pessoa suspeita de crimes de segurança.
O Comité elevou para 61 o número de palestinianos mortos nas prisões israelitas desde os ataques contra o território israelita, a 07 de outubro de 2023, pelo Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) e outras fações palestinianas, incluindo pelo menos três na semana passada.
O número de prisioneiros mortos nas prisões israelitas desde 1967 ascende a cerca de 300.
"O que está a ser feito contra os prisioneiros e os detidos é apenas mais uma acusação na guerra genocida [de Israel], que tem como objetivo levar a cabo mais execuções e assassínios", disse, antes de avisar que a situação dos prisioneiros em Israel "irá piorar com o passar do tempo'.
O Hamas, por seu lado, condenou a morte de Abdullah numa declaração e advertiu Israel contra "a continuação dos seus crimes hediondos" contra os prisioneiros palestinianos, noticiou o diário palestiniano Filastin.
"A morte do prisioneiro [...] e as torturas e abusos a que foi sujeito durante a sua detenção demonstram a brutalidade da ocupação no tratamento dos nossos prisioneiros, privando-os dos mais elementares direitos humanos, incluindo a continuação da negligência médica que envolve assassínios lentos dentro das prisões", afirmou.
O grupo islamita apelou, por isso, aos "povos livres" e aos "organismos internacionais de defesa dos direitos humanos" para que "pressionem a ocupação a prestar contas dos seus crimes contra os palestinianos" e para que "defendam os prisioneiros das consequências trágicas a que estão expostos" nas prisões israelitas.
JSD // ACC
Lusa/Fim