O governante norte-americano, que se encontra hoje em visita a Israel, disse em conferência de imprensa que Washington defende "uma coligação internacional para enfrentar esta ameaça".
A reunião por videoconferência foi convocada por Lloyd Austin para discutir a livre navegação no Médio Oriente face aos riscos para o comércio internacional.
Na semana passada, o Presidente israelita, Isaac Herzog, apelou a "uma coligação verdadeiramente internacional" para combater os rebeldes Hutis do Iémen, para que as ações lideradas pelos Estados Unidos sejam "impulsionadas e fortalecidas".
Os Hutis pertencem ao chamado "eixo de resistência", juntamente com o Irão, a Síria e os movimentos xiita libanês Hezbollah e palestiniano Hamas
Após a eclosão da guerra entre Israel e o grupo islamita palestiniano Hamas na Faixa de Gaza, os Hutis lançaram vários disparos de mísseis e 'drones' contra o sul de Israel nos últimos dois meses e também contra navios que arvoram a bandeira israelita ou propriedade de empresas israelitas no Mar Vermelho e no Estreito de Bab al-Mandeb.
Desde sexta-feira, os principais grupos de transporte marítimo estão a suspender as suas operações no Mar Vermelho, incluindo a Maersk e a Hapag-Lloyd, e hoje a petrolífera BP juntou-se a eles, cancelando temporariamente a passagem dos seus navios pela região.
O navio-tanque Swan Atlantic foi atacado hoje quando navegava no Mar Vermelho, segundo a empresa proprietária, a norueguesa Inventor Chemical Tankers, depois de a Marinha britânica ter alertado sobre novos incidentes perto do estreito.
A Associação Norueguesa de Navegação instou as autoridades norueguesas e internacionais a encontrarem uma solução para garantir a segurança dos navios civis no Mar Vermelho.
Após um ataque sem precedentes do Hamas que causou 1.200 mortes e cerca de 240 sequestros em território israelita em 07 de outubro, o Exército de Telavive conduziu uma poderosa ofensiva aérea, terrestre e marítima na Faixa de Gaza.
A operação militar já deixou mais de 19 mil mortos e acima de 51 mil feridos, a maioria dos quais mulheres, crianças e idosos, segundo números das autoridades locais, controladas pelo grupo islamita palestiniano, bem como 1,9 milhões de deslocados, 85% da população total do enclave, de acordo com a ONU.
O Conselho de Segurança das Nações Unidas deverá votar hoje uma nova resolução a exigir o cessar-fogo imediato na Faixa de Gaza, por razões humanitárias.
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