Durante o encontro, Maduro sublinhou esperar que a libertação de Alex Saab marque um novo caminho nas relações bilaterais com os Estados Unidos da América, marcado pelo respeito e um trato igualitário.
"Aqui está a Venezuela com o seu próprio modelo independente, soberana. Não seremos colónia de ninguém, nunca estaremos subordinados a ninguém. Somos orgulhosos bolivarianos, dignos e rebeldes", disse.
O Presidente da Venezuela começou por dar as boas-vindas a Alex Saab, "homem corajoso, patriota, que resistiu a 1280 dias" das mais "adversas e dolorosas condições de sequestro em prisões imundas, tortura física e psicológica, ameaças e mentiras".
"Após 1280 dias de sequestro a verdade e a justiça triunfaram, e o que tinha de triunfar triunfou (...) Eu sabia que este dia tinha de chegar, e este dia chegou. Abençoado 20 de dezembro", disse o governante.
Explicou ainda que "não há uma única prova das mentiras e da infâmia contadas a partir de Miami, de Bogotá", que "a única verdade é a de um homem corajoso, de negócios, diplomático nascido na Colômbia e nacionalizado venezuelano, cujo único crime foi procurar vencer as sanções criminosas, o bloqueio criminoso, para buscar medicamentos" e "foi capturado e raptado".
Entre os agradecimentos, Nicolás Maduro, referiu ao opositor Gerardo Blyde [da delegação negociadora da oposição] e à comissão de negociação dos acordos assinados recentemente em Barbados, para conseguir a troca de hoje. De maneira especial agradeceu ao emir de Qatar por ter sido um brilhante facilitador para a aproximação, assinatura e cumprimento dos acordos.
Por outro lado, Alex Saab, frisou que "a vida é um milagre constante e hoje o milagre da liberdade, da justiça tornou-se realidade".
Agradeceu a Nicolás Maduro, à primeira-dama Cília Fores, ao presidente do parlamento, Jorge Rodríguez e à sua mulher, Camila de Saab, entre outros.
"Graças ao povo da Venezuela, tenho orgulho em servir o povo da Venezuela e em servir este Governo, um governo que é humano, leal, que não abandona e que, tal como eu, nunca desiste, e um povo que também nunca desistirá. Venceremos sempre", disse.
Segundo a agência norte-americana Associated Press (AP), Alex Saab, que foi detido em 2020 em Cabo Verde e extraditado para os Estados Unidos sob a acusação de lavagem de dinheiro, foi libertado na passada quarta-feira, 13 de dezembro, e, em troca, as autoridades venezuelanas libertarão alguns dos pelo menos dez cidadãos norte-americanos que se encontram presos na Venezuela.
Foi acusado de conspiração para cometer lavagem de dinheiro ligada a um esquema de subornos que alegadamente desviou 350 milhões de dólares (318 milhões de euros) através de contratos estatais para a construção de habitação económica para o Governo da Venezuela.
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