Depois de o governo do Equador ter declarado 'estado de exceção' na sequência da fuga da prisão do maior líder de tráfico de droga do país, sucederam-se uma série de ataques, incluindo explosões e o rapto de vários agentes da polícia.
Segundo a polícia, quatro agentes foram raptados na segunda-feira à noite e continuam desaparecidos. Ao mesmo tempo, foram detidas duas pessoas por posse de explosivos e suspeitos de pelo menos um dos ataques ocorridos no país.
Registaram-se vários incidentes violentos, nomeadamente veículos incendiados e uma explosão perto da casa do presidente do Tribunal Nacional de Justiça do Equador.
As autoridades não revelaram, contudo, quem está na origem dos ataques e se os mesmos fazem ou não parte de uma ação orquestrada.
Recorde-se que a fuga de José Adolfo Macías Salazar, o cabecilha de um dos principais grupos de crime organizado do país, mais conhecido como 'Fito', ocorreu no domingo. O Ministério Público abriu uma investigação e, até ao momento, dois guardas foram acusados de ligação à fuga.
Na segunda-feira, o presidente do Equador, Daniel Noboa, decretou estado de exceção, o equivalente a um estado de emergência nacional, mobilizando ainda mais de 3.000 agentes para as ruas. A onda de ataques começou poucas horas após o anúncio de Noboa.
'Fito', que foi condenado por tráfico de drogas, homicídio e crime organizado, cumpria uma pena de 34 anos na prisão La Regional, no porto de Guayaquil. É alegadamente o líder dos Los Choneros, considerado pelas autoridades equatorianas um dos maiores grupos criminosos do país, com alegadas ligações a cartéis mexicanos.
O grupo Los Choneros surgiu nos anos de 1990 em Chone, cidade da província costeira de Manabí, e progressivamente ganhou força nas rotas do tráfico de drogas, particularmente no trânsito de cocaína da Colômbia para ser posteriormente transportada por via marítima para a América do Norte.
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