David Cameron reiterou que "as ofensivas do grupo armado iemenita contra os navios mercantes que navegam por aquela rota marítima são ilegais e inaceitáveis", depois de os agressores, que apoiam o Hamas na guerra de Gaza, terem alertado que atacarão qualquer embarcação com destino a Israel.
"Desde a última vez que agimos, há 10 dias, houve mais de 12 ataques a navios por parte dos huthis no Mar Vermelho", declarou o chefe da diplomacia britânica.
E acrescentou: "O que fizemos foi enviar novamente a mensagem mais clara possível de que continuaremos a degradar a sua capacidade de realizar estes ataques e que apoiamos as nossas palavras e os nossos avisos com ações".
Os Estados Unidos e o Reino Unido bombardearam na segunda-feira várias posições dos rebeldes huthis, que tentam assumir o controlo do Iémen desde 2015.
Washington e Londres indicaram que visaram oito alvos huthi, de acordo com um comunicado, também assinado pelo Canadá, Austrália, Bahrein e Países Baixos, que "apoiaram" a operação, sem participarem diretamente nela.
O objetivo da operação era destruir um dos armazéns subterrâneos onde estão armazenados mísseis, bem como outros sistemas de radar e de defesa aérea.
Segundo a agência de notícias huthi, as forças norte-americanas e britânicas atacaram a capital Sanaa e várias províncias do país e, de acordo com o canal Al-Masirah, os ataques tiveram como alvo a base militar Al-Dailami, localizada ao norte de Sanaa.
O Ministério da Defesa em Londres explicou na segunda-feira à noite que quatro caças Typhoon FGR4 da Força Aérea Real (RAF), apoiados por dois aviões-tanque Voyager, lançaram bombas guiadas de precisão Paveway.
O Partido Trabalhista, o primeiro da oposição no Reino Unido, criticou o facto de o primeiro-ministro, Rishi Sunak, não os ter informado antecipadamente da operação, como fez na vez anterior, e pediu que compareça hoje perante o Parlamento.
Os rebeldes huthi controlam grande parte do Iémen, depois de quase uma década de guerra contra as forças governamentais, apoiadas pela Arábia Saudita.
Os huthis, que dizem apoiar a população de Gaza, totalmente sitiada por Israel e que enfrenta uma catástrofe humanitária, assumiram na segunda-feira a responsabilidade por um ataque a um navio militar americano.
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