Reino Unido pede mais coragem na apreensão de ativos russos congelados

O primeiro-ministro britânico apelou hoje ao Ocidente para que seja "mais corajoso" na apreensão dos ativos russos congelados e na sua redistribuição pela Ucrânia, defendendo o envio dos juros gerados por esses ativos para Kiev como primeiro passo.

Notícia

© Getty Images

Lusa
25/02/2024 11:07 ‧ 25/02/2024 por Lusa

Mundo

Ucrânia

"Temos de ser mais corajosos na apreensão das centenas de milhares de milhões de ativos russos congelados", escreveu o chefe do Governo britânico, Rishi Sunak, num artigo de opinião publicado pelo Sunday Times para assinalar o segundo aniversário da invasão russa à Ucrânia.

"Começa-se por pegar nos milhares de milhões de juros que estes ativos geram e enviam-se para a Ucrânia", defende Rishi Sunak. "E depois, com o G7, temos de encontrar formas legais de confiscar os ativos e enviar também esses fundos para a Ucrânia", acrescentou.

"Seria um tributo à luta de Alexei Navalny para responsabilizar o Estado russo pelas suas ações", acrescentou, referindo-se ao opositor de Vladimir Putin que morreu recentemente numa prisão no Ártico russo.

No comunicado divulgado no sábado, no final de uma cimeira virtual sob presidência italiana, os líderes do G7 pediram aos seus Governos para que continuem a trabalhar "em todas as formas possíveis de utilizar os bens soberanos russos para apoiar a Ucrânia, em conformidade com os respetivos sistemas jurídicos e com o direito internacional".

Reafirmam que "os ativos soberanos russos nas (suas) jurisdições permanecerão congelados até que a Rússia pague pelos danos causados à Ucrânia".

Em 30 de janeiro, a União Europeia - que congelou 200 mil milhões de euros de ativos do Banco Central russo - chegou a acordo sobre a primeira fase de um plano para afetar as receitas geradas pelos ativos russos congelados à reconstrução da Ucrânia.

A opção de confiscar esse dinheiro e de o afetar aos esforços de reconstrução da Ucrânia foi excluída, com o argumento de que isso prejudicaria os mercados internacionais e enfraqueceria o euro.

Após a invasão da Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022, as sanções económicas sem precedentes contra Moscovo levaram ao congelamento, pelos bancos ocidentais, de cerca de 350 mil milhões de dólares em ativos públicos russos, divisas e propriedades pertencentes a oligarcas russos.

De acordo com uma estimativa publicada há duas semanas pelo Banco Mundial, a ONU, a União Europeia e o Governo ucraniano, a Ucrânia precisará de 486 mil milhões de dólares para a sua recuperação e reconstrução.

Leia Também: Von der Leyen e Sunak exigem prioridade na proteção de civis em Gaza

Partilhe a notícia

Produto do ano 2024

Descarregue a nossa App gratuita

Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas