Segundo o ministério, a ideia é utilizar a potência dos dois reactores nucleares da central de Civaux (oeste de França) para produzir trítio com a Comissão Francesa de Energia Atómica (CEA).
O anúncio, apresentado como um projeto a longo prazo, surge na sequência de uma visita à central de Civaux do ministro da Defesa francês, Sébastien Lecornu.
A França é o único membro da União Europeia (UE) que possui armas nucleares.
A dissuasão nuclear da França, baseada nas suas componentes marítimas (submarinos nucleares) e aérea, deve ser constantemente adaptada e renovada para permanecer credível.
Num comunicado de imprensa, o Ministério da Defesa assinalou uma "colaboração entre a EDF e a Defesa para a instalação de um serviço de irradiação" de materiais capazes de produzir trítio..
O ministério sublinha que "esta colaboração está a ser estudada desde os anos 90 e faz parte de um processo de planeamento de longa data, habitual na indústria da defesa".
O objetivo da EDF é realizar um primeiro teste em pequena escala durante uma das duas paragens programadas da central de Civaux em 2025.
O trítio é um "gás difícil de produzir, que se desintegra e desaparece espontaneamente", indicou o Ministério da Defesa, acrescentando que "qualquer reserva se reduz a metade ao fim de 12 anos, a três quartos ao fim de 25 anos e a 99,5% ao cabo de um século".
Por conseguinte, é necessário "produzi-los regularmente", concluiu.
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