"Apesar de reconhecermos a importância da transição energética, acreditamos que os hidrocarbonetos e as renováveis podem trabalhar em conjunto, e por isso estamos à procura de investimento no setor petrolífero, ao mesmo tempo que tentamos tornar esta energia mais limpa e garantindo que adquirimos a mais recente tecnologia para reduzir as emissões de carbono e metano", disse o governante.
José Alexandre Barroso falava numa sessão destinada a apresentar as oportunidades de investimento em Angola para os investidores norte-americanos, nomeadamente a ronda de licitações para a exploração de novos poços de petróleo em 2025.
A ronda de contactos de hoje em Houston insere-se na preparação do certame Angola Oil & Gas, que decorrerá de 02 a 04 de outubro em Luanda, com o objetivo de fomentar o investimento estrangeiro no setor energético angolano, e conta com o apoio das autoridades angolanas.
"Temos sido muito bons na agilidade e foco em agir no tempo certo, encontrando soluções, sejam legais, contratuais ou fiscais, para garantir que há estabilidade, mas ao mesmo tempo melhorando face às lições aprendidas e ao que se passa no resto do mundo", afirmou o administrador executivo da Agência Nacional do Petróleo e Gás, Alcides Andrade, citado no comunicado enviado à Lusa pela Energy Capital & Power, que organiza o encontro de outubro.
Na intervenção, o líder da ANPG salientou as oportunidades, apontando os "14 blocos ao largo da costa, oito dos quais em águas superficiais e seis em águas profundas, a maioria dos quais com grande potencial em bacias com reservas comprovadas", para além dos "oito blocos em terra nas bacias Congo e Kwanza, aos quais vamos voltar e que também têm elevadas perspetivas".
No comunicado, refere-se que Angola tem reservas petrolíferas de 2,5 mil milhões de barris e 11 biliões de pés cúbicos de reservas comprovadas de gás, oferecendo enormes oportunidades para os investidores, já que o país quer aumentar a produção diária para 1,18 milhões de barris diários este ano dois milhões a longo prazo.
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