Cidade da Beira recebe primeira central de emergências médicas

A cidade da Beira, centro de Moçambique, inaugurou hoje a primeira central operacional de emergências médicas, que vai passar a rastrear as ocorrências, envolvendo 17 unidades de saúde, e a enviar meios de socorro.

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Lusa
15/05/2024 17:56 ‧ 15/05/2024 por Lusa

Mundo

Moçambique

"É uma iniciativa nova para o país, que visa promover o reforço dos serviços de emergência (...), facilitando o acesso da população, com particular atenção às mulheres grávidas e aos menores de cinco anos, aos serviços de emergência/urgência dos hospitais de referência", explicou, na Beira, a secretária de Estado para a província de Sofala, Cecília Chamutota, na inauguração do serviço.

A nova unidade funciona no Hospital da Mulher 24 de Julho, sendo constituída por oito operadores com a função de receber e rastrear solicitações dos centros de saúde, para posterior envio de pacientes através de ambulâncias para as unidades sanitárias de referência na cidade da Beira, em função das patologias.

Cecília Chamutota afirmou que a central foi instalada com o propósito de receber chamadas telefónicas das 17 unidades sanitárias da cidade da Beira, que precisam transferir pacientes para os três hospitais de referência, nomeadamente Hospital Central da Beira, Centro de Saúde Urbano da Ponta-Gêa e Hospital da Mulher 24 de Julho.

Após o contacto telefónico, os pedidos são analisados pelos operadores do centro operacional para apurar a categoria da patologia, em termos de urgência e emergência, seguindo-se a decisão sobre o destino do paciente e o envio de ambulância.

Antes, de acordo com a governante, as ambulâncias eram estacionadas numa unidade sanitária, a qual recebia as solicitações para efeitos de urgências, contribuindo "significativamente para o atraso na referência de doentes em unidades sanitárias sem ambulâncias", já que as tinham de solicitar a outras entidades.

A central operacional de emergências médicas, garantiu, permitirá reduzir as taxas de mortalidade materno-infantil e a mortalidade dos pacientes transferidos das unidades sanitárias para os três hospitais de referência.

O embaixador da Itália, Gianni Bardini, indicou tratar-se de um projeto, apoiado por organizações italianas, que constitui um modelo que pode ser replicado noutros pontos do país.

"É a primeira do género a ser estabelecida no país e esperamos replicar para outros pontos", afirmou.

Leia Também: UE prolonga missão militar em Moçambique até 2026 (e vai adaptá-la)

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