"A agressão dos norte-americanos e britânicos não nos dissuadirá de continuar as nossas operações militares a favor da Palestina. Enfrentaremos a escalada com escalada", disse Mohammed Al-Bukhaiti, membro do gabinete político do movimento rebelde iemenita, na rede social X.
As forças norte-americanas e britânicas realizaram ataques aéreos no Iémen entre a noite de quinta-feira e hoje contra posições rebeldes hutis, que deixaram pelo menos 16 mortos e 35 feridos, segundo o canal de televisão dos rebeldes iemenitas.
Esses ataques conjuntos foram realizados contra 13 posições dos rebeldes iemenitas, a fim de evitar futuros ataques dos hutis - apoiados pelo Irão - no Mar Vermelho e no Golfo de Áden, disse o comando militar dos Estados Unidos para o Médio Oriente (CENTCOM).
"As forças britânicas participaram numa operação conjunta com as forças dos EUA com o objetivo de minar as capacidades militares dos hutis, que continuam a realizar ataques à navegação internacional" ao largo da costa do Iémen, disse anteriormente o Ministério da Defesa britânico num breve comunicado.
Os serviços de informação britânicos "confirmaram" que dois locais na cidade costeira ocidental de Hodeida estiveram envolvidos em ataques ao tráfego marítimo, com casas servindo como instalações para 'drones' e locais para armazenar aparelhos aéreos de longo alcance, segundo a mesma fonte.
Outro local a sul da cidade também foi utilizado para realizar ataques com 'drones' contra o tráfego marítimo internacional.
O canal de televisão Al-Massira, controlado pelos rebeldes iemenitas, afirmou hoje que os ataques na cidade e arredores deixaram 16 mortos e 35 feridos, depois de inicialmente ter relatado 14 mortos. A televisão não especificou se eram civis ou combatentes hutis.
Jornalistas da agência de notícias AFP ouviram fortes explosões durante a noite passada em Hodeida, mas também na capital Sana. Segundo o canal Al-Massira, os ataques também visaram as infraestruturas de telecomunicações em Taiz.
Desde novembro, os hutis realizaram dezenas de ataques a navios no Mar Vermelho e no Golfo de Áden, afirmando que estão a agir em solidariedade com os palestinianos na Faixa de Gaza, onde Israel está em guerra há quase oito meses contra o grupo islamita Hamas.
Leia Também: Sunak confirma ataque aéreo contra forças hutis no Iémen