"Através de contribuições proporcionais, os aliados pretendem fornecer um mínimo de 40 mil milhões de euros em financiamento durante o próximo ano e fornecer níveis sustentáveis de assistência à segurança para que a Ucrânia tenha sucesso", perante o invasor russo, refere a declaração dos líderes da NATO, na cimeira que se realiza esta semana em Washington.
O objetivo é contribuir para a criação de "uma força capaz de derrotar" a Rússia e dissuadi-la de novos conflitos no futuro.
O valor acordado tem em conta as necessidades da Ucrânia, os respetivos procedimentos orçamentais nacionais e os acordos bilaterais de segurança celebrados com Kiev.
Na declaração, os países membros referem que "irão reavaliar os contributos dos aliados nas futuras cimeiras da NATO", começando pela que terá lugar no próximo ano em Haia.
O valor está relacionado com a aquisição de equipamento militar, despesas de manutenção, logística e transporte, gastos com treino militar, bem como investimentos em infraestruturas de defesa ucranianas.
Os aliados apresentarão relatórios à NATO sobre o apoio prestado através deste compromisso duas vezes por ano, sendo que o primeiro incluirá contribuições entregues após 01 de janeiro de 2024.
Nesta base, o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, fornecerá aos países-membros uma visão geral de todas as contribuições notificadas.
Os aliados salientaram também que apoiam plenamente o direito da Ucrânia de escolher as suas próprias disposições de segurança e de decidir o seu futuro, livre de interferências externas.
Os líderes da NATO declararam o apoio à Ucrânia no seu "caminho irreversível" rumo à integração na Aliança Atlântica, e comprometeram-se a fazer um convite de adesão a Kiev quando estiverem reunidas as condições.
"O futuro da Ucrânia reside na NATO", acrescentaram.
No texto, é reafirmado que a invasão em grande escala da Ucrânia pela Rússia "abalou a paz e a estabilidade na região euro-atlântica" e "minou gravemente a segurança global"
Os estados-membros da Aliança Atlântica anunciaram ainda a criação da chamada Assistência e Treino de Segurança (NSATU) para coordenar o fornecimento de equipamento militar e de formação a Kiev por parte dos aliados e parceiros.
A NSATU, que irá operar nos países aliados, apoiará a autodefesa da Ucrânia de acordo com a Carta das Nações Unidas e o direito internacional, destacando-se por outro lado que este instrumento não fará da NATO uma parte no conflito, mas apoiará a transformação das forças ucranianas e permitirá a sua maior integração com a Aliança.
Da mesma forma, concordaram em estabelecer um Centro Conjunto de Análise, Formação e Educação NATO-Ucrânia, que consideraram "um pilar importante da cooperação prática" para identificar e aplicar lições da invasão da Rússia e aumentar a interoperabilidade entre as forças de Kiev e a Aliança Atlântica.
Os líderes saudaram também a decisão de Stoltenberg de nomear um representante da NATO na Ucrânia.
[Notícia atualizada às 23h07]
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