Caracas apelida Governo do Presidente do Chile de "golpista"

A Venezuela apelidou hoje o Governo do Presidente do Chile de "golpista", depois de Gabriel Boric insistir em não reconhecer os resultados das presidenciais de julho e sublinhar que o Governo de Nicolás Maduro "tentou cometer fraude".

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Lusa
07/08/2024 21:21 ‧ 07/08/2024 por Lusa

Mundo

Venezuela

"A sua máscara caiu definitivamente, ficou exposto o seu Governo pinochetista [afeto ao ditador chileno Augusto Pinochet] e golpista", escreveu o ministro de Relações Exteriores da Venezuela na sua conta da X, antigo Twitter.

 

Na mesma rede social acusa Gabriel Boric, do partido de esquerda Frente Amplio, de se situar à direita do Departamento de Estado dos Estados Unidos e do seu homólogo da Argentina, Javier Milei, do partido de direita La Libertad Avanza.

 

 

A resposta da Venezuela teve lugar depois de o Presidente do Chile, Gabriel Boric, ter garantido, hoje, não ter dúvidas de que o Governo de Nicolás Maduro "tentou cometer fraude" durante as eleições de julho.

"Não podemos, enquanto comunidade internacional, cometer o mesmo erro que foi cometido com [Juan] Guaidó [que em 2019 se declarou Presidente interino da Venezuela]. O Chile não reconhece o autoproclamado triunfo de Maduro", disse aos jornalistas.

"Também não confiamos na independência ou imparcialidade das atuais instituições na Venezuela, por isso propusemos como país que validaremos os resultados que foram verificados por organizações internacionais independentes do regime", acrescentou.

Em declarações à imprensa, Boric notou que a prova dessa situação é a relutância que Maduro tem demonstrado para mostrar os registos eleitorais.

A Venezuela, país que conta com uma expressiva comunidade de portugueses e de lusodescendentes, realizou eleições presidenciais no passado dia 28 de julho, após as quais o Conselho Nacional Eleitoral atribuiu a vitória a Maduro com pouco mais de 51% dos votos, enquanto a oposição afirma que Edmundo González Urrutia obteve quase 70% dos votos.

A oposição venezuelana e muitos países denunciaram uma fraude eleitoral e exigiram que sejam apresentadas as atas de votação para uma verificação independente.

Milhares de venezuelanos têm contestado os resultados oficiais nas ruas, em manifestações reprimidas com violência pela polícia, que já deteve mais de 2.200 pessoas.

Leia Também: Argentina reconhece Urrutia como vencedor indiscutível na Venezuela

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