Manila condena "acções ilegais e imprudentes" da força aérea chinesa

O Presidente das Filipinas, Ferdinand Marcos, condenou hoje as "acções ilegais e imprudentes" da força aérea chinesa, acusada por Manila de assediar um dos seus aviões que patrulhava um recife disputado no Mar do Sul da China.

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© Aaron Favila/POOL via REUTERS

Lusa
11/08/2024 09:05 ‧ 11/08/2024 por Lusa

Mundo

Manila

As ações chinesas "foram injustificadas, ilegais e imprudentes, especialmente porque o avião" do Exército filipino "estava a realizar uma operação de segurança marítima de rotina no espaço aéreo soberano" do arquipélago, declarou Marcos num comunicado, referindo-se a um novo incidente entre Pequim e Manila que terá ocorrido na quinta-feira sobre o recife de Scarborough.

 

O Presidente filipino "condena veementemente" o incidente, afirmando estar "preocupado com a possibilidade de haver instabilidade" no espaço aéreo do país.

No dia anterior, o general Romeo Brawner, chefe do Estado-Maior do Exército filipino, tinha afirmado que dois aviões chineses tinham "efetuado uma manobra perigosa" e "disparado foguetes na trajetória" de um dos seus aviões.

Estas "ações perigosas e provocatórias" puseram "em perigo a vida do nosso pessoal que efetua operações de segurança marítima", acrescentou.

O Exército chinês reagiu em comunicado no sábado, afirmando ter feito tudo o que estava ao seu alcance "para repelir legalmente" o avião filipino, após "repetidos avisos".

"A China tem soberania incontestada sobre a ilha de Huangyan" - o nome chinês do recife de Scarborough - "e as águas adjacentes", acrescenta o comunicado.

O recife de Scarborough é uma ilhota controlada desde 2012 pelos chineses, mas reivindicada pelos filipinos.

O incidente ocorreu depois de Pequim ter anunciado um exercício militar no Mar do Sul da China, perto do recife de Scarborough, enquanto as Filipinas iniciaram dois dias de manobras marítimas e aéreas conjuntas com os Estados Unidos, o Canadá e a Austrália.

Nos últimos meses, ocorreram vários incidentes em torno de ilhotas que Pequim e Manila disputam acirradamente na zona.

Uma grande parte das ilhas e recifes nesta zona marítima é reivindicada pela China, mas outros países como o Vietname, as Filipinas, a Malásia e o Brunei também têm reivindicações concorrentes.

Leia Também: China expulsou avião militar das Filipinas de espaço aéreo em zona disputada

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