As ações chinesas "foram injustificadas, ilegais e imprudentes, especialmente porque o avião" do Exército filipino "estava a realizar uma operação de segurança marítima de rotina no espaço aéreo soberano" do arquipélago, declarou Marcos num comunicado, referindo-se a um novo incidente entre Pequim e Manila que terá ocorrido na quinta-feira sobre o recife de Scarborough.
O Presidente filipino "condena veementemente" o incidente, afirmando estar "preocupado com a possibilidade de haver instabilidade" no espaço aéreo do país.
No dia anterior, o general Romeo Brawner, chefe do Estado-Maior do Exército filipino, tinha afirmado que dois aviões chineses tinham "efetuado uma manobra perigosa" e "disparado foguetes na trajetória" de um dos seus aviões.
Estas "ações perigosas e provocatórias" puseram "em perigo a vida do nosso pessoal que efetua operações de segurança marítima", acrescentou.
O Exército chinês reagiu em comunicado no sábado, afirmando ter feito tudo o que estava ao seu alcance "para repelir legalmente" o avião filipino, após "repetidos avisos".
"A China tem soberania incontestada sobre a ilha de Huangyan" - o nome chinês do recife de Scarborough - "e as águas adjacentes", acrescenta o comunicado.
O recife de Scarborough é uma ilhota controlada desde 2012 pelos chineses, mas reivindicada pelos filipinos.
O incidente ocorreu depois de Pequim ter anunciado um exercício militar no Mar do Sul da China, perto do recife de Scarborough, enquanto as Filipinas iniciaram dois dias de manobras marítimas e aéreas conjuntas com os Estados Unidos, o Canadá e a Austrália.
Nos últimos meses, ocorreram vários incidentes em torno de ilhotas que Pequim e Manila disputam acirradamente na zona.
Uma grande parte das ilhas e recifes nesta zona marítima é reivindicada pela China, mas outros países como o Vietname, as Filipinas, a Malásia e o Brunei também têm reivindicações concorrentes.
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