Mãe segurou filha bebé no ar e salvou-a após iate naufragar na Sicília

Já foram resgatadas 15 pessoas pelos militares da Guarda Costeira, após iate naufragar na Sicília.

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© Vincenzo Pepe/Getty Images

Notícias ao Minuto
19/08/2024 15:48 ‧ 19/08/2024 por Notícias ao Minuto

Mundo

Sicília

Pelo menos uma pessoa morreu e seis estão desaparecidas após o naufrágio de um veleiro de 56 metros, na madrugada desta segunda-feira, na costa de Porticello, região de Palermo, ao largo da ilha da Sicília, em Itália.

 

Já foram resgatadas 15 pessoas pelos militares da Guarda Costeira, entre elas uma mulher britânica e a filha de um ano. 

Domenico Cipolla, chefe das urgências do hospital pediátrico Giovanni di Cristina, em Palermo, revelou que a mulher, Charlotte, conseguiu salvar a sua filha, Sophie, de um ano, segurando-a acima da cabeça. 

“Ela contou-me que enquanto dormiam, em determinado momento o iate virou devido ao tornado, e caíram na água”, relatou o médico.

“Disse que ficou na água por não mais que dois, três segundos, e conseguiu salvar o bebé, manter os braços levantados, e então, com os outros, entrar no bote salva-vidas”, acrescentou, citado pelo The Telegraph. 

“Estão todos bem. Conseguimos que os pais conversassem (entre si) pelo telefone, todos os médicos e enfermeiros ficaram muito emocionados, também porque a menina está bem, o prognóstico é bom e estamos a fazer exames só por precaução”, acrescentou. 

Os dados iniciais davam conta de sete desaparecidos, mas, entretanto, foi recuperado o corpo de um homem, de acordo com a agência italiana ANSA. Entre os desaparecidos, quase todos passageiros, está também um membro da tripulação, o cozinheiro, segundo informou a agência Adnkronos.

Oito dos sobreviventes tiveram de ser hospitalizados - seis foram transferidos para o Hospital Cívico de Palermo, enquanto dois foram encaminhados para o hospital de Bagheria. Todos os envolvidos estão em estado de choque, mas não correm risco de vida.

A bordo da embarcação, com bandeira britânica, viajavam sobretudo cidadãos britânicos, além de dois anglo-franceses, um irlandês, um neozelandês e um cidadão do Sri Lanka.

O barco, que se terá afundado devido ao mau tempo que atingiu a região, afundou-se quando estava ancorado ao largo de Porticello.

Um porta-voz dos bombeiros disse que decorriam buscas com um helicóptero, mergulhadores e navios da guarda costeira em torno dos destroços do barco, que foram localizados a uma profundidade de 50 metros.

"Esta manhã, por volta das 5h00 [4h00 em Lisboa], na sequência de uma violenta tempestade, um veleiro de 56 metros, de nome 'Bayesian' e com pavilhão britânico, afundou-se ao largo de Porticello", declarou a guarda costeira num comunicado.

Das 22 pessoas a bordo, 10 eram membros da tripulação.

As causas do naufrágio estão agora a ser investigadas pelas autoridades. Ao que tudo indica, o acidente terá sido causado por uma tromba de água que atingiu o iate, segundo noticiaram os meios de comunicação social italianos.

O iate foi construído na Toscana em 2008 e restaurado em 2020, de acordo com a AFP. Este tipo de iate tem um mastro principal de alumínio que é considerado o mais alto do mundo, com 75 metros. As velas têm uma superfície de 3.000 metros quadrados.

Leia Também: Um morto e seis desaparecidos em naufrágio de veleiro ao largo da Sicília

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