O fecho das assembleias de voto ocorreu à hora prevista, como confirmaram jornalistas da agência noticiosa espanhola Efe, tendo começado logo de seguida o processo de contagem dos votos, processo que deverá demorar várias horas, só sendo conhecido o vencedor no domingo.
Estas eleições presidenciais são uma das mais abertas da história recente do Sri Lanka, onde normalmente há dois candidatos que aspiram ao poder, enquanto os restantes mal somam uma pequena percentagem de votos.
A difícil situação económica que vive a ilha, que realizou hoje as suas primeiras eleições desde a revolta popular de 2022 que derrubou o até então Presidente Gotabaya Rajapaksa, faz com que tenha sido inscrito um número recorde de 38 candidatos, refere a Efe.
O trio de favoritos para estas eleições presidenciais é formado pelo atual Presidente, Ranil Wickremesinghe, de 75 anos, o oposicionista Sajith Premadasa, 57 anos, e a líder do Samagi Jana Balawegaya (SJB), bem como o dirigente marxista Anura Kumara Dissanayake, 55 anos, que desperta maior popularidade entre os eleitores jovens e é considerado uma alternativa aos outros dois candidatos tradicionais.
Mais de 17 milhões de votantes estavam inscritos para votar, de um total de 22 milhões de habitantes da ilha, segundo a comissão eleitoral citada pela agência Efe.
Apesar de ainda ser desconhecido o nível de abstenção, o coordenador eleitoral, Manjula Gajanayake, declarou à Efe que a participação na maioria dos distritos ultrapassou os 50 por cento (%), alcançando em alguns locais mais de 60% quando restavam poucas horas para o encerramento das urnas.
As autoridades do país não relataram incidentes graves relacionados com o processo democrático, embora a autoridade eleitoral tenha informado no Facebook que recebeu 539 reclamações durante a votação.
Uma das principais polémicas do dia, que teve de ser esclarecida pela Comissão Eleitoral, dizia respeito à legalidade ou não de votar nos candidatos do boletim de voto com lápis, em vez de caneta.
As eleições são regidas por um modelo de votação preferencial, em que os eleitores podem escolher até três candidatos diferentes por ordem de preferência.
Caso nenhum candidato seja a primeira escolha de mais de 50% dos eleitores inicia-se uma segunda contagem, tomando como referência os dois candidatos com maior apoio e somam-se os votos em que foram a segunda ou terceira escolha.
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