Forças israelitas pedem evacuação de zona nos subúrbios sul de Beirute

As Forças de Defesa de Israel (FDI) instaram hoje à noite os residentes de um bairro nos arredores a sul de Beirute, conhecido como Dahye, a manterem-se afastados de certas áreas porque vão ser alvo de bombardeamentos.

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© Anagha Subhash Nair/Anadolu via Getty Images

Lusa
01/10/2024 23:30 ‧ 01/10/2024 por Lusa

Mundo

Médio Oriente

O porta-voz das FDI pediu, em concreto, aos habitantes desta zona, com uma forte presença de apoiantes do grupo xiita Hezbollah, que se afastem mais de 500 metros de dois edifícios situados no bairro de Harek Hara, e que estão identificados a vermelho em duas imagens aéreas.

 

"Vocês estão localizados perto de instalações perigosas do Hezbollah contra as quais o Exército agirá vigorosamente num futuro próximo", pode ler-se, numa nota publicada pelo porta-voz árabe do Exército na rede social X.

Estes tipos de anúncios tornaram-se comuns desde que Israel intensificou os ataques contra o grupo libanês Hezbollah e a sua milícia.

As IDF estabeleceram também hoje à noite uma nova "zona militar fechada" que abrange outras três comunidades fronteiriças com o Líbano, tal como fez na segunda-feira antes de iniciar a invasão terrestre no sul do país vizinho.

A zona militar inclui desta vez as comunidades agrícolas de Dovev, Tivbon e Malkia, todas a cerca de um quilómetro da fronteira com o Líbano e que foram evacuadas há quase um ano devido ao fogo cruzado.

Este encerramento segue-se ao já ordenado pelo Exército nas comunidades fronteiriças de Metula, Misgav Am e Kfar Giladi na tarde de segunda-feira, horas antes da invasão.

O Ministério da Saúde libanês anunciou esta noite que 55 pessoas morreram e outras 156 ficaram feridas por "ataques do inimigo israelita" nas últimas 24 horas, em várias regiões do país.

A unidade de gestão de catástrofes anunciou antes da publicação deste relatório diário que 1.873 pessoas foram mortas no Líbano desde que Israel e o Hezbollah começaram a trocar ofensivas, em outubro.

Nas últimas semanas, Israel intensificou os ataques aéreos contra posições do movimento xiita Hezbollah no Líbano.

O Hezbollah começou a disparar 'rockets', mísseis e 'drones' (aeronaves não-tripuladas) sobre o norte de Israel um dia depois de o ataque de 07 de outubro de 2023 do grupo islamita palestiniano Hamas em território israelita ter desencadeado uma guerra na Faixa de Gaza.

O Hezbollah integra o chamado "Eixo da Resistência", uma coligação liderada pelo Irão e contra Israel de que fazem parte também, entre outros, o grupo extremista palestiniano Hamas e os rebeldes huthis do Iémen.

O Irão lançou hoje cerca de 200 mísseis contra Israel, em retaliação pelos assassinatos do líder do Hamas, Ismail Haniyeh, do chefe do Hezbollah, Hasan Nasrallah, e de um general iraniano.

Segundo as Forças de Defesa de Israel (IDF), a maioria dos mísseis foi intercetada com o apoio dos Estados Unidos, que já garantiu que vai coordenar com os israelitas a resposta a Teerão.

Leia Também: Beirute. Incerteza e milhares de deslocados em capital de novo em guerra

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