"A guerra de desinformação que a Rússia está a travar contra a Ucrânia é também uma guerra de desinformação global, e temos de reagir. Hoje vemos como alguns espalham esta desinformação para fins políticos, brincando com os medos das pessoas. Vemos como são amplificados através de plataformas digitais e inteligência artificial. A situação é muito grave", alertou Jourová.
Num debate no Parlamento Europeu, a vice-presidente da Comissão Europeia para os Valores e a Transparência, que "combater esta desinformação e proteger a liberdade de imprensa são duas faces da mesma moeda".
"O objetivo de qualquer democracia deve ser o de aumentar o espaço de liberdade, de informação e reduzir o espaço de manipulação e desinformação", referiu Jourová, lembrando que este é o objetivo do Plano de Ação para a Democracia que o Executivo apresentou em 2020.
Um plano em que os meios de comunicação independentes têm, destacou, um papel essencial e os jornalistas são "os guardiões" da democracia.
"É nosso dever enquanto democracias respeitar e proteger os jornalistas e os meios de comunicação independentes", especialmente os do serviço público, apontou.
Vera Jourová lembrou que a Lei da Liberdade de Imprensa aprovada nesta legislatura "inclui salvaguardas específicas para os meios de comunicação social de serviço público, uma vez que reconhece o papel essencial que estes meios de comunicação social podem e devem desempenhar nas sociedades democráticas".
Para o conseguir, sublinhou Jourová, "a sua independência deve ser protegida.
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