O produtor de vinho hungaro Csaba Torok, acredita que as suas oliveiras, que trouxe do sul da Europa, encontraram um novo lar na Hungria, perto do Lago Balaton. Nada teria sido possível sem um empurrão do aquecimento global, que tornou o centro da Europa mais quente.
Em 2008, Torok já tinha tentado plantar três oliveiras de Espanha: duas congelaram no primeiro inverno, mas uma sobreviveu.
Foi esta última que levou o produtor a não perder a esperança, tendo plantando mais cerca de duzentas nos anos seguintes na sua vinha em Hegymagas, uma formação vulcânica no sul do país com encostas soalheiras, chuva abundante e solo rico.
Hoje em dia já leva as suas azeitonas, colhidas à mão, para a Eslovénia, onde produz o seu azeite virgem, que vende por 4500 forints (cerca de 11 euros) por litro.
O produtor considera que o futuro das oliveiras está a deslocar-se para o Norte da Europa, à medida que o sul é afetado por períodos de seca mais frequentes e ondas de calor abrasadoras.
A Europa é o continente que regista o aquecimento mais rápido do mundo, segundo um relatório da Agência Europeia do Ambiente do mês passado, e enfrenta um maior risco de seca no sul.
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