Novos ataques russos provocam corte generalizados de energia na Ucrânia

Novos ataques russos a infraestruturas na Ucrânia causaram cortes generalizados de energia no oeste do país, a centenas de quilómetros da linha da frente do conflito, revelaram hoje as autoridades ucranianas.

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Lusa
03/12/2024 09:46 ‧ ontem por Lusa

Mundo

Ucrânia

Durante a noite de segunda-feira para hoje, um 'drone' russo atingiu uma infraestrutura elétrica em Ternopil, cidade com mais de 220 mil habitantes, informou o responsável da região, Serguiï Nadal, na rede social Telegram.

 

"Parte da cidade está sem eletricidade", acrescentou, apelando aos residentes para que se abasteçam de água e carreguem os telefones.

Esta cidade foi atingida na segunda-feira por outro ataque com um 'drone', que matou um civil e feriu pelo menos três pessoas, depois de ter sofrido cortes de energia em novembro que deixaram milhares de pessoas sem eletricidade.

Outro ataque noturno de Moscovo teve como alvo a região vizinha de Rivne, segundo revelou a administração regional, numa publicação no Telegram.

"A infraestrutura energética foi o alvo", disse o governador regional, Oleksandr Koval.

O ataque não causou feridos, acrescentou o responsável, sem dar detalhes sobre os danos sofridos.

A Força Aérea Ucraniana indicou que Moscovo atacou a Ucrânia com 28 'drones' durante a noite, 22 dos quais foram abatidos.

A Ucrânia Ocidental estava relativamente ilesa desde o início da invasão russa, em fevereiro de 2022, mas Moscovo intensificou recentemente os ataques a toda a infraestrutura energética do país, numa tentativa de interromper o fornecimento de eletricidade durante o Inverno e minar a moral dos ucranianos.

Segundo os especialistas, a Rússia está a tentar destruir as linhas de transmissão de energia das fábricas localizadas no oeste e leste da Ucrânia.

A guerra na Ucrânia já provocou dezenas de milhares de mortos de ambos os lados e os últimos meses foram marcados por ataques aéreos em grande escala da Rússia contra cidades e infraestruturas ucranianas, ao passo que as forças de Kyiv têm visado alvos em território russo próximos da fronteira e na península da Crimeia, ilegalmente anexada em 2014.

As negociações entre as duas partes estão completamente bloqueadas desde a primavera de 2022, com Moscovo a continuar a exigir que a Ucrânia aceite a anexação de uma parte do seu território.

Leia Também: Kyiv insiste que única garantia real de segurança é adesão plena à NATO

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