OSDH diz que Israel voltou a bombardear instalações militares na Síria

Ataques israelitas visaram instalações militares na região costeira de Tartus, na Síria, na noite de domingo, disse a organização não-governamental (ONG) Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).

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© Mostafa Alkharouf/Anadolu via Getty Images

Lusa
16/12/2024 06:47 ‧ há 2 horas por Lusa

Mundo

Síria

"Aviões de guerra israelitas lançaram ataques" contra vários locais, incluindo unidades de defesa aérea e "depósitos de mísseis terra-terra", indicou o OSDH.

 

A ONG, com sede em Londres mas com uma grande rede de informadores na Síria, descreveu estes ataques como "os mais pesados desde 2012" na região costeira de Tartus, onde se encontra uma base naval russa.

Israel intensificou os ataques aéreos contra território sírio há uma semana com o objetivo declarado de destruir arsenal militar do exército do regime do Presidente Bashar al-Assad para impedir que as armas caiam nas mãos de grupos que possam vir a atacar território israelita.

Horas antes, o OSDH avançou que as autoridades israelitas atacaram também os radares do aeroporto militar de Deir Ezzor (nordeste).

A 08 de dezembro, os rebeldes declararam Damasco 'livre' do Presidente Bashar al-Assad, após 12 dias de ofensiva de uma coligação liderada pelo grupo islâmico Organização de Libertação do Levante (Hayat Tahrir al Sham ou HTS, em árabe), juntamente com outras fações apoiadas pela Turquia, para derrubar o governo sírio.

O Presidente sírio, que esteve no poder 24 anos, exilou-se na Rússia, avançaram as agências de notícias russas TASS e Ria Novost.

Rússia, China e Irão manifestaram preocupação pelo fim do regime, enquanto a maioria dos países ocidentais e árabes se mostrou satisfeita por Damasco deixar de estar nas mãos do clã Assad.

No poder há mais de meio século na Síria, o partido Baath foi, para muitos sírios, um símbolo de repressão, iniciada em 1970 com a chegada ao poder, através de um golpe de Estado, de Hafez al-Assad, pai de Bashar, que liderou o país até morrer, em 2000.

Leia Também: MNE dos 27 da UE reúnem-se hoje em Bruxelas com foco na Síria e Geórgia

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