O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, indicou que de momento "não há negociações" entre ambas as partes, apesar de o Presidente russo, Vladimir Putin, defender alegadamente conversações com a Ucrânia, em conformidade com os acordos de Istambul.
"Estes acordos foram alcançados, mas depois a Ucrânia abandonou a mesa das negociações, por isso é prematuro falar de forças de manutenção da paz", afirmou o porta-voz, sublinhando que a Ucrânia 'continua a recusar-se a negociar de qualquer forma'.
Peskov comunicou hoje que Moscovo apoia as propostas do primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, para abrir caminho a uma solução diplomática na Ucrânia, mas voltou a acusar Kyiv de rejeitar as medidas propostas.
O Presidente russo manteve contacto com Viktor Orbán, onde afirmou apoiar os esforços do primeiro-ministro húngaro para alcançar a paz, mas lamentou não ter recebido o apoio necessário do Presidente ucraniano Volodimir Zelenski sobre esta questão.
Vladimir Putin descartou que a equipa do presidente eleito dos Estados Unidos da América, Donald Trump, esteja a par das conversações e realçou que, de momento, estas funções continuam a depender da administração de Joe Biden, que deixará oficialmente o cargo a 20 de janeiro de 2025.
Na semana passada, o governo russo entregou à embaixada húngara em Moscovo uma lista de prisioneiros para uma hipotética troca com a Ucrânia, um dia depois do primeiro-ministro húngaro ter proposto essa troca durante uma conversa com Putin.
Contudo, Zelensky rejeitou estas propostas e voltou a criticar Orbán por ter falado com o Presidente russo, acusando-o de estar a "contaminar a unidade europeia" com interesses políticos pessoais.
Leia Também: Ucrânia: UE dá 'luz verde final' a 15.º pacote de sanções contra Rússia