Scholz pede voto de confiança a eleitores antes da decisão dos deputados

O chanceler alemão, Olaf Scholz, pediu hoje um "voto de confiança a todos os eleitores" num discurso no Bundestag (parlamento alemão) antes de os deputados decidirem o futuro do atual governo minoritário.

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Lusa
16/12/2024 13:50 ‧ há 2 horas por Lusa

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Alemanha

Os deputados alemães votam hoje à tarde a moção de confiança solicitada por Scholz que sublinhou que "antecipar as eleições" é também o seu objetivo para que os cidadãos possam "definir o rumo político do país".

 

Num discurso de meia hora, o líder do executivo alemão começou por dizer que "a política não é um jogo" e "exige maturidade moral" num ataque a Christian Lindner. A demissão do ex ministro das Finanças por Scholz precipitou o fim da 'coligação-semáforo' o que levou à atual crise política que o país atravessa.

"A política não é um jogo, caros colegas. Quem entra para um governo assume a responsabilidade por todo o país. Uma responsabilidade que vai para além do programa do seu partido e dos seus eleitores. Responsabilidade por 84 milhões de concidadãos", sublinhou, num discurso de campanha eleitoral.

Scholz, que volta a ser o candidato do Partido Social Democrata (SPD) a chanceler, usou o seu tempo na tribuna para partilhar algumas das prioridades do programa eleitoral, como a intenção de aumentar o salário mínimo para 15 euros.

"Isto beneficiará cerca de sete milhões de mulheres e homens que trabalham todos os dias por pouco dinheiro. O desempenho de todos os trabalhadores de topo conta e não apenas dos dez mil melhores", revelou.

Scholz salientou que o investimento não deve ser adiado, apontando o apoio à Ucrânia e o reforço das Forças Armadas alemãs como necessário, mas que não deve ser contrabalançando por "cuidados de saúde, pensões estáveis e municípios eficientes".

"Será que nos atrevemos a investir poderosamente no futuro como um país forte", questionou. "Se há um país que se pode dar ao luxo de investir no futuro, esse país somos nós", continuou.

Olaf Scholz defendeu ainda a sua posição relativamente à Ucrânia, adiantando que quer continuar a ser o maior apoiante de Kiev, mas voltou a garantir que não irá enviar soldados alemães para o terreno.

O ainda chanceler do governo minoritário formado pelo SPD e pelos Verdes, pediu honestidade na campanha eleitoral, referindo-se à necessidade de mão-de-obra estrangeira por parte do país.

"Vamos ser honestos uns com os outros durante a campanha eleitoral no que diz respeito aos trabalhadores estrangeiros. Todos nós sabemos que não podemos passar sem eles", declarou, acrescentando que "aqueles que estão bem integrados também devem pertencer ao nosso país".

Os deputados votam pelas 15.30 (hora local) a moção de confiança ao governo liderado pelo chanceler Olaf Scholz, que levará a eleições antecipadas a 23 de fevereiro de 2025.

Depois, o ainda chanceler deverá propor ao presidente alemão que o Bundestag seja dissolvido. Frank-Walter Steinmeier tem 21 dias para o fazer e para convocar formalmente eleições que deverão acontecer num prazo de 60 dias.

Leia Também: Scholz encabeça lista do SPD por Brandeburgo às eleições gerais

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