Israel diz evitar ataques onde possa estar jornalista desaparecido

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, prometeu hoje à mãe do jornalista Austin Tice, desaparecido há 12 anos na Síria, que o exército israelita evitará bombardear zonas do país onde o cidadão norte-americano possa estar.

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© NICHOLAS KAMM/AFP via Getty Images

Lusa
18/12/2024 18:37 ‧ há 2 horas por Lusa

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Israel

"Por favor, assegurem-se de que tanto Israel como as agências de informação estão a trabalhar em coordenação com as autoridades norte-americanas sobre este assunto, pelo que as forças israelitas não estão ativas em áreas onde Tice possa estar", disse Netanyahu numa carta publicada pelo jornalista Barak Ravid na rede social X.

 

A este respeito, Netanyahu disse que "compreende a preocupação" dos familiares do jornalista norte-americano desaparecido.

"É admirável a sua coragem como mãe neste momento de incerteza", disse, antes de sublinhar que "o trabalho de Tice como jornalista não terá sido feito em vão".

"O empenho na verdade sobre a guerra na Síria inspirou muitos", acrescentou o governante.

As palavras do chefe do executivo israelita vieram a público pouco depois de a mãe de Tice, Debra Tice, ter apelado ao Governo israelita para que parasse o bombardeamento por recear que o seu filho ficasse ferido. 

"Penso que, idealmente, não deveriam estar a bombardear enquanto as pessoas estão a tentar limpar as prisões", disse.

A mãe de Austin Tice avançou que tinha informações "credíveis" de que o filho estava detido numa prisão nos arredores da capital síria, Damasco, e apelou à interrupção dos ataques para facilitar o trabalho das equipas de busca e salvamento.

"Não temos forma de saber se os prisioneiros têm comida e água. Apelamos urgentemente ao fim dos ataques nesta zona e à mobilização de meios israelitas para procurar Austin Tice e os outros prisioneiros. O tempo é essencial", afirmou Debra Tice.

O jornalista dos Estados Unidos da América (EUA) desapareceu em agosto de 2012 quando cobria o conflito no país e as autoridades norte-americanas suspeitam que tenha passado todo este tempo nas mãos do regime de Bashar al-Assad, deposto no passado dia 08 de dezembro por uma coligação de rebeldes liderada pela Organização Islâmica de Libertação do Levante (Hayat Tahrir al Sham, ou HTS, em árabe).

Após a queda do regime de Assad, o exército israelita iniciou uma campanha de bombardeamentos contra as capacidades estratégicas do antigo regime sírio, destruindo tanques, aviões de combate, mísseis e navios, para evitar que caíssem nas mãos de forças hostis a Israel.

Telavive mobilizou também as suas tropas para a zona desmilitarizada dos Montes Golã, conquistados por Israel em 1967 e anexados em 1981 num ato não reconhecido internacionalmente, para proteger a fronteira.

Leia Também: Israel admite entrada de colonos no Líbano sem autorização

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