Huthis garantem que vão manter escalada de ataques contra Israel

O líder dos Huthis do Iémen garantiu hoje que os rebeldes vão manter a escalada contra Israel e que não se vão intimidar pelos ataques aéreos israelitas contra portos no mar Vermelho e centrais elétricas em Sana.

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© Iémen

Lusa
19/12/2024 23:19 ‧ há 7 horas por Lusa

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Abdel Malek al-Houthi falava durante um discurso televisivo depois de aviões de guerra israelitas terem atacado os portos de Al Saleef e Ras Issa, no mar Vermelho, e duas centrais elétricas na capital Sana, controladas pelos insurgentes, numa ofensiva que causou nove mortos.

 

"A agressão israelita contra o nosso país nunca nos impedirá de apoiar o povo palestiniano e os seus mujahideen [combatentes] em Gaza", declarou o líder Houthi.

"Estamos totalmente convencidos da nossa posição e preparados para enfrentar qualquer nível de escalada", frisou, acrescentando que estão "envolvidos num confronto aberto".

O líder rebelde detalhou ainda as operações militares da sua organização contra Israel, revelando que lançaram 1.147 mísseis balísticos e de cruzeiro, bem como drones, em apoio dos palestinianos desde o início da guerra na Faixa de Gaza, em 07 de outubro de 2023.

Al-Houthi afirmou ainda que atacaram 211 navios ligados a Israel, e obstruíram a navegação marítima israelita no mar Vermelho, Bab al Mandab e no mar Arábico, além de terem "desativado e fechado o porto de Umm al Rashrash (Eilat)", que causou "perdas económicas significativas", que não especificou.

O porta-voz militar dos Huthis, Yahya Sarea, assumiu posteriormente a responsabilidade por um novo ataque contra um alvo militar israelita perto da cidade de Telavive, que classificou de "bem sucedido", sem fornecer mais detalhes sobre a operação.

Os rebeldes Huthis do Iémen assumiram hoje a responsabilidade pelo disparo de dois mísseis e um drone contra Israel.

O porta-voz dos Huthis, Yahya Sarea, referiu que "dois alvos militares israelitas na região de Yafa (o nome árabe para Jaffa, um distrito de Telavive) foram alvo de dois mísseis balísticos hipersónicos do tipo Palestine 2" e "foram atingidos com precisão", sem fornecer mais detalhes.

Os Huthis anunciaram depois que tinham disparado um drone contra "um alvo militar" em Jafa, o que não foi confirmado do lado israelita.

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, emitiu um aviso aos Huthis, declarando que "quem atingir Israel pagará um preço muito elevado", num vídeo divulgado pelo seu gabinete.

O Irão, um inimigo de Israel que apoia os Huthis, classificou os ataques israelitas como uma "violação flagrante do direito internacional".

O movimento islamista palestiniano Hamas denunciou um "desenvolvimento perigoso", enquanto no Líbano, o Hezbollah classificou os ataques como "mais uma prova da brutalidade de Israel".

A maioria dos ataques Huthis a Israel foram combatidos ou causaram apenas danos materiais, mas em julho a morte de um civil israelita em Telavive pela explosão de um drone disparado do Iémen levou a um ataque aéreo de retaliação a Hodeida, matando seis pessoas e causando danos significativos.

Os Huthis, que controlam grande parte do Iémen, incluindo Sana, atacam também regularmente navios ligados, segundo eles, a Israel, aos Estados Unidos ou ao Reino Unido no mar Vermelho e no golfo de Áden, apesar dos ataques perpetrados pelo Exército norte-americano, às vezes com a ajuda das forças britânicas.

Os Huthis fazem parte daquilo a que o Irão chama o "eixo de resistência", que reúne outros movimentos hostis a Israel, como o Hamas, grupos iraquianos e o Hezbollah.

Leia Também: Hezbollah condena recentes ataques israelitas contra os huthis do Iémen

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