"Os nossos combatentes continuam a infligir perdas pesadas ao inimigo e estão a infligir duros golpes que deixaram mais de dez mortos e dezenas de feridos nas últimas 72 horas", afirmou o porta-voz da ala militar do movimento palestiniano.
Abu Obeida acrescentou que os confrontos aconteceram "após mais de 100 dias de extensa destruição e genocídio" causados pelas tropas israelitas no norte do enclave palestiniano, controlado pelo Hamas desde 2007.
"Confirmamos que as perdas nas fileiras do exército de ocupação falhado são muito mais elevadas do que anunciam e que o inimigo será derrotado no norte de Gaza", sublinhou o representante, referindo-se à nova ofensiva terrestre lançada pelas tropas israelitas na zona há mais de três meses.
Citado pelo jornal Filastin, ligado ao movimento, o porta-voz anteviu que os militares israelitas "se vão retirar envergonhados (...) sem conseguirem quebrar a espinha dorsal da resistência".
"A única conquista que [o exército israelita] obteve foi a destruição, a devastação e os massacres contra pessoas inocentes", observou o porta-voz, num momento em que prosseguem negociações indiretas entre Israel e o Hamas que visam alcançar um acordo de cessar-fogo em Gaza que implique a libertação dos reféns retidos desde o ataque do grupo palestiniano a 07 de outubro de 2023.
O exército israelita lançou uma ofensiva contra o enclave na sequência do ataque levado a cabo pelo Hamas no sul de Israel em outubro de 2023, que fez cerca de 1.200 mortos e mais de duas centenas de reféns.
Desde então, as autoridades de Gaza, controladas pelo Hamas, contabilizaram cerca de 46.600 mortos e mais de 109 mil feridos.
Mais de 800 palestinianos também foram mortos na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental pelas forças israelitas ou em ataques conduzidos por colonos israelitas.
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