"O governo tem toda a responsabilidade, principalmente o Serviço Nacional de Inteligência, de fazer uma investigação profunda ao caso", disse a deputada do Partido de Libertação Popular (PLP), Maria Angelina Sarmento.
Em 31 de dezembro, o ex-chefe de Estado e presidente da Frente Revolucionária de Timor-Leste Independente (Fretilin) denunciou uma "aparente intenção de o assassinar", depois de uma bala ter atingido uma mesa na sua residência.
A Polícia Nacional de Timor-Leste esclareceu que o projétil de nove milímetros foi disparado para o ar por uma arma ainda por identificar.
A polícia disse também que o caso foi entregue ao Ministério Público e pediu às pessoas para informarem as autoridades caso tenham alguma informação.
A deputada Maria Angelina Sarmento salientou também que aquele tipo de acidente pode "criar pânico na sociedade" em relação à segurança do país.
"Embora tenha sido apenas um incidente, ainda não sabemos a verdade dos factos. Para não criar pânico na sociedade, o governo, juntamente com as entidades relevantes tem toda a responsabilidade de investigar e divulgar o resultado da investigação", disse a deputada do PLP.
Para o deputado e secretário-geral do Partido Democrático (PD), é preciso esclarecer de onde veio a "ameaça", sem fazer mais comentários.
A Fretilin, através do deputado Joaquim dos Santos Boraluli, lembrou que apenas duas instituições, nomeadamente as forças armadas e de segurança, podem utilizar armas e que a polícia deve vigiar o seu uso no território nacional.
"Penso que há algumas deficiências no trabalho de segurança. O governo tem de rever as regras de licença de uso e porte de armas", disse o deputado, salientando que o disparo pode ter sido "descuido", mas também "intencional".
O vice-ministro dos Assuntos Parlamentares, Adérito Hugo, defendeu uma investigação "clara e pública" ao incidente.
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