O exército anunciou que 10 milicianos do Hamas foram mortos em dois ataques aéreos durante as operações, mas o Ministério da Saúde do Hamas afirma que foram identificados 12 mortos.
"Esta semana, as forças de segurança israelitas atuaram durante a noite e detiveram cerca de 50 indivíduos procurados, confiscaram fundos terroristas e mais armas", refere um comunicado do exército israelita.
Entre terça e quarta-feira, Israel bombardeou duas vezes o campo de refugiados de Jenin em menos de 24 horas, provocando a morte de seis pessoas em cada ataque, incluindo um adolescente de 15 anos.
O Hamas confirmou a morte de quatro dos seus membros no primeiro ataque israelita, entre os quais Bahaa Ibrahim, um dos chefes das Brigadas al-Qasam, o braço armado da organização islamita.
As incursões das forças israelitas no campo de refugiados de Jenin, reduto das milícias palestinianas, já eram constantes, mas intensificaram após os ataques do Hamas ao sul de Israel a 07 de outubro de 2023, que causaram cerca de 1.200 mortos e mais de duas centenas de reféns.
Nas últimas semanas, as forças israelitas têm-se mantido afastadas dos combates entre os milicianos palestinianos e as forças da Autoridade Nacional Palestiniana (ANP), que eclodiram em meados de dezembro e que ainda estão em curso.
A ANP acusa os milicianos de utilizarem crianças e mulheres para transportar munições e explosivos ou para espiar as forças de segurança israelitas.
O acordo alcançado entre Israel e o Hamas prevê um cessar-fogo completo durante 42 dias a partir do próximo domingo, após 15 meses de uma guerra devastadora, e a troca de 33 reféns israelitas por centenas de prisioneiros palestinianos.
Ambos os lados intensificaram as operações militares nas horas finais antes do cessar-fogo entrar em vigor como uma forma de projetar força.
Após o ataque do Hamas em 2023, Israel desencadeou uma ofensiva em grande escala na Faixa de Gaza, que já provocou quase 46.788 mortos e cerca de 110.453 feridos, na maioria civis, e um desastre humanitário, desestabilizando toda a região do Médio Oriente.
Israel ocupa a Cisjordânia desde 1967 e a violência intensificou-se neste território palestiniano desde o início do conflito entre Israel e o Hamas.
Mais de 850 palestinianos foram mortos na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental pelas forças israelitas ou em ataques conduzidos por colonos israelitas, 491 dos quais em 2024, incluindo cerca de 75 menores, de acordo com a contagem da agência noticiosa espanhola EFE.
Até agora, em 2025, pelo menos 19 palestinianos já foram mortos em ataques israelitas.
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