"Se o Hamas não libertar reféns até sábado, o cessar-fogo terminará"

Na segunda-feira, a ala armada do movimento islamita palestiniano Hamas anunciou que iria adiar a libertação de reféns israelitas prevista para sábado, "até nova ordem".

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© NICHOLAS KAMM/AFP via Getty Images

Notícias ao Minuto com Lusa
11/02/2025 18:03 ‧ há 3 horas por Notícias ao Minuto com Lusa

Mundo

Médio Oriente

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou, esta terça-feira, que se o Hamas "não libertar" os reféns israelitas "até sábado ao meio dia, o cessar-fogo terminará".

 

"Se o Hamas não libertar reféns até ao meio-dia de sábado, o cessar-fogo terminará", anunciou após uma reunião de quatro horas com o gabinete de segurança, acrescentando que "a decisão foi aprovada por unanimidade em Conselho de Ministros" e que as Forças de Defesa de Israel (IDF, sigla em inglês) "voltarão a combater até que o Hamas seja finalmente derrotado".

No entanto, Benjamin Netanyahu não especificou se se referia aos três prisioneiros que estavam previstos para a troca de sábado ou aos nove da primeira fase ainda vivos.

Um funcionário israelita disse à imprensa local, sob condição de anonimato, que se tratava dos nove reféns ainda vivos e que deveriam ser libertados no prazo de 42 dias após a primeira fase do cessar-fogo.

"Todos expressamos indignação com a situação chocante dos nossos três reféns que foram libertados no último sábado", disse Netanyahu, acrescentando que "todos" acolheram a "demanda do presidente Trump para a libertação dos reféns israelitas até ao meio dia de sábado".

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Lusa | 20:36 - 08/02/2025

Netanyahu salientou também que "todos" acolheram "a visão revolucionária" de Donald Trump quanto ao "futuro de Gaza".

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Lusa | 20:27 - 09/02/2025

"Tendo em conta a decisão do Hamas em violar o acordo e não libertar os nossos reféns, ontem à noite, ordenei à IDF para reforçassem as suas posições na Faixa de Gaza e arredores", frisou, dizendo ainda que está a decorrer a operação e que "será concluída em breve". 

Em comunicado, o exército israelita confirmou que tinha mobilizado tropas e reservistas adicionais no sul da Faixa de Gaza "em preparação para vários cenários".

No entanto, o ministro das Finanças israelita, Bezalel Smotrich, um dos principais aliados de extrema-direita de Netanyahu, pediu-lhe hoje que seguisse o conselho do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e exigisse que o Hamas libertasse todos os reféns ou enfrentaria o "inferno".

"O primeiro-ministro deve seguir a declaração perfeitamente moral, simples e clara do Presidente Trump e informar o Hamas de forma inequívoca: ou todos os reféns são libertados até sábado [...] ou abriremos as portas do inferno sobre eles, e isso significa que não haverá mais eletricidade, nem água, nem combustível, nem ajuda humanitária", afirmou Smotrich em comunicado.

Pouco antes de Netanyahu anunciar publicamente esta posição, responsáveis israelitas, mais uma vez sob condição de anonimato, já tinham avançado que o governo apoia a ameaça de Trump de desencadear o "inferno" na Faixa de Gaza se os reféns não fossem libertados até ao meio-dia de sábado.

Recorde-se que, na segunda-feira, a ala armada do movimento islamita palestiniano Hamas anunciou que iria adiar a libertação de reféns israelitas previstas para sábado, "até nova ordem", tendo acusado Israel de violar sistematicamente o acordo de cessar-fogo nas últimas três semanas. 

O porta-voz do Hamas acrescentou que a decisão de adiar a libertação dos prisioneiros "permanecerá em vigor até que a entidade ocupante cumpra as suas obrigações passadas e indemnize retroativamente. Afirmamos o nosso empenhamento nos termos do acordo, desde que a ocupação os cumpra". 

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Braço armado do Hamas acusa Israel de violar acordo.

Notícias ao Minuto com Lusa | 16:10 - 10/02/2025

Israel e o Hamas estão no meio de um cessar-fogo de seis semanas, durante o qual se prevê que o Hamas liberte dezenas de reféns capturados no ataque de 7 de Outubro de 2023 em troca de quase 2.000 prisioneiros palestinianos.

Desde a entrada em vigor do cessar-fogo, no mês passado, as duas partes procederam a cinco trocas, libertando 21 reféns e mais de 730 prisioneiros. 

Segundo a BBC, há ainda 17 reféns que devem ser libertados durante a primeira fase deste acordo de cessar-fogo, apesar de Israel afirmar que oito desses reféns estão mortos.

A próxima troca estava prevista para sábado, com a libertação de três reféns israelitas em troca de centenas de prisioneiros palestinianos.

[Notícia atualizada às 18h49]

Leia Também: Hamas acusa Israel de matar 92 pessoas durante cessar-fogo

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