"Um avião Su-24MR das forças armadas da Federação Russa violou o espaço aéreo polaco sobre as águas territoriais da Polónia", refere um comunicado do comando operacional polaco divulgado na rede social X (antigo Twitter).
A mesma fonte acrescentou que o avião permaneceu no espaço aéreo polaco durante 01 minuto e 12 segundos.
Em meados de janeiro, a Polónia arrancou com a construção do "Escudo Oriental" nas fronteiras com a Rússia e Bielorrússia, um muro com diferentes tipos de barreiras e obstáculos, estruturas antitanque, sistemas de vigilância e possivelmente minas, para proteger-se de uma eventual invasão.
O escudo é um programa que envolve a construção de vários tipos de fortificações, obstáculos e infraestruturas militares nas fronteiras da Polónia com a Rússia e a Bielorrússia - num total de cerca de 800 km -, bem como a instalação de meios eletrónicos e sistemas anti-drone.
Os planos do "Escudo Oriental" incluem também a construção de sistemas de reconhecimento e de deteção de ameaças, bases avançadas, centros logísticos e armazéns.
Varsóvia reservou cerca de 2,3 mil milhões de euros para a execução do plano, que deverá estar totalmente operacional em 2028 e será integrado na infraestrutura global de defesa do flanco oriental da NATO para combater as ameaças da Bielorrússia e da Rússia.
Em novembro de 2024, o primeiro-ministro polaco, Donald Tusk, declarou que a primeira secção das fortificações do "Escudo Oriental" estava pronta e que todas as medidas implementadas ao longo destas fronteiras representam um investimento na paz.
A iniciativa de 2,25 mil milhões de euros estava prevista para ser lançada em 2025, mas o Governo polaco decidiu antecipá-la.
Para além de bases e quartéis, consistirá numa rede de túneis ao longo das fronteiras da Polónia com a Bielorrússia e o enclave russo de Kaliningrado.
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