A família de Louise, criança de 11 anos assassinada em França, pronunciou-se, pela primeira vez, esta sexta-feira.
Através da sua advogada, Caty Richard, a família pediu que a sua privacidade seja respeitada.
"A família de Louise precisa de tempo e quer que a sua privacidade seja respeitada", declarou a advogada ao Le Figaro.
“O processo judicial está a começar e será longo. A primeira fase do inquérito está concluída [...] Para a família de Louise, a atrocidade dos acontecimentos foi agravada pelo assédio de certos meios de comunicação social", acrescentou.
Recorde-se que a estudante tinha desaparecido na sexta-feira, 7 de fevereiro, depois de sair da escola, e o seu corpo foi encontrado, num bosque, no sábado, com vários ferimentos de faca.
Owen L., de 23 anos, foi detido na segunda-feira e foi formalmente acusado de homicídio na quarta-feira, 12 de fevereiro.
Depois de ter inicialmente negado o crime, o jovem confessou os factos. Em conferência de imprensa, recorde-se, o procurador de Évry, Grégoire Dulin, contou que o suspeito referiu que, após "uma discussão com um jogador" online, tinha saído de casa "muito perturbado". "A sua intenção era roubar ou extorquir alguém para se acalmar", disse o procurador.
Owen L. explicou que se cruzou com a menor, que trazia o telemóvel ao pescoço, e decidiu-se segui-la. Posteriormente, atraiu-a para o bosque, dizendo que tinha perdido algo.
"Quando chegou a um canto sossegado, disse-lhe que ia revistar os seus pertences para lhe roubar dinheiro, ameaçando-a com uma faca", disse Grégoire Dulin. "Quando tentou ver-lhe a mala, ela começou a gritar. Em pânico com os seus gritos, ele fê-la cair no chão e esfaqueou-a várias vezes", continuou o procurador.
Estudante de informática, o suspeito "passa a maior parte do seu tempo livre a jogar videojogos e admite ter explosões de violência, confirmadas pelas pessoas que o rodeiam”.
Os pais do suspeito, que tinham sido detidos por não denunciarem o crime, foram libertados. A namorada do jovem, suspeita do mesmo crime, foi formalmente acusada de "omissão de denúncia".
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