"Congratulo-me com o acordo sobre o nosso 16.º pacote de sanções. A UE está a endurecer ainda mais a luta contra a evasão, visando mais navios da frota sombra de Putin e impondo novas proibições de importação e exportação", escreveu Ursula von der Leyen, numa publicação na rede social X.
"Estamos empenhados em manter a pressão sobre o Kremlin [regime russo]", adiantou a líder do executivo comunitário.
Também através do X, a chefe da diplomacia da UE, Kaja Kallas, saudou este acordo político, vincando que, "com medidas mais rigorosas em matéria de evasão, novas proibições de importação e exportação e sanções contra a 'frota fantasma' de Putin", a União Europeia está a limitar a "máquina de guerra russa".
"O Kremlin não vai quebrar a nossa determinação", adiantou Kaja Kallas.
I welcome the agreement on our 16th sanctions package.
— Kaja Kallas (@kajakallas) February 19, 2025
With tighter measures on circumvention, new import and export bans, and sanctions on Putin’s shadow fleet, we are closing backdoors for Russia’s war machine to operate.
The Kremlin won’t break our resolve.
Os embaixadores dos Estados-membros da UE adotaram hoje o 16.º pacote de sanções comunitárias à Rússia pela invasão da Ucrânia, aquando do terceiro aniversário do conflito, avançaram fontes europeias em Bruxelas.
A 'luz verde' aconteceu na reunião desta manhã dos representantes permanentes dos países junto da UE, em Bruxelas, prevendo-se que este novo conjunto de medidas restritivas seja adotado na próxima segunda-feira pelos ministros europeus dos Negócios Estrangeiros, na sua reunião regular também na capital belga.
Depois de o último pacote de sanções ter abrangido 52 navios da frota fantasma, com os quais o regime russo tentava contornar as restrições ocidentais ao comércio de petróleo, este novo pacote reforça o combate à evasão ao embargo aplicado à Rússia, atingindo novas embarcações, avançando também com novas restrições noutros setores.
Desde o início da invasão russa da Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022, a UE tem avançado com pesadas sanções contra a Rússia, nomeadamente económicas ou diplomáticas, visando 2.400 pessoas e entidades, entre os quais o Presidente russo, Vladimir Putin e o ministro dos Negócios Estrangeiros do país, Sergey Lavrov.
Avançou-se também para o congelamento de bens, num total de 24,9 mil milhões de euros de bens privados congelados no espaço comunitário e de 210 mil milhões de euros de bens do Banco Central da Rússia bloqueados.
Ao nível comercial, as medidas restritivas europeias visam 48 mil milhões de euros em exportações proibidas para a Rússia e 91,2 mil milhões de euros em importações proibidas provenientes da Rússia.
A Ucrânia tem também contado com ajuda financeira e em armamento dos aliados ocidentais.
Os aliados de Kyiv também têm decretado sanções contra setores-chave da economia russa para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra na Ucrânia.
O conflito de quase três anos provocou a destruição de importantes infraestruturas em várias áreas na Ucrânia, bem como um número por determinar de vítimas civis e militares.
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