O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Autoridade Palestiniana, que governa a Cisjordânia, denunciou hoje "o ataque ao campo de refugiados como uma manifestação da persistência de Israel, a potência ocupante, não só na sua agressão contra o povo palestiniano, mas também nas execuções extrajudiciais, demolições de casas e deslocações forçadas de palestinianos", segundo um comunicado.
Benjamin Netanyahu visitou hoje as forças israelitas no campo de refugiados de Tulkarem, no norte da Cisjordânia, região ocupada por Israel desde 1967, e ordenou novas operações militares após ataques contra autocarros em Israel.
"Ordenei o reforço das forças na Judeia e Samaria e a realização de atividades operacionais adicionais", afirmou, referindo-se à Cisjordânia pelos nomes históricos usados pelos nacionalistas israelitas.
Netanyahu disse que a explosão na quinta-feira à noite de três autocarros vazios na cidade de Bat Yam, perto de Telavive, mostrou que se mantém o desejo do movimento extremista palestiniano Hamas e de outros grupos palestinianos radicais de prejudicar Israel.
"Em resposta, aumentámos as forças na Judeia e na Samaria", disse o primeiro-ministro, que já tinha anunciado uma "operação em massa" na Cisjordânia em resposta às explosões de Bat Yam.
O ministro da Defesa israelita, Israel Katz, também visitou hoje Tulkarem, onde afirmou que o país está "em guerra contra o terrorismo islâmico radical" e que vencerá.
"Aqui, em Gaza e em todo o lado", afirmou.
As visitas surgem depois da explosão dos três autocarros em parques de estacionamento de Bat Yam, que as autoridades policiais estão a investigar como um presumível ataque terrorista planeado.
As explosões não causaram vítimas.
O porta-voz da polícia israelita, Dean Elsdunne, disse à agência espanhola EFE que foram usados "dispositivos explosivos idênticos com temporizadores".
Três foram detonados em Bat Yam e outros dois foram localizados na cidade de Holon, tendo sido desativados, acrescentou.
A imprensa local noticiou que a agência interna de informações de Israel, a Shin Bet, deteve três pessoas, incluindo um cidadão judeu israelita, suspeitas de ligação às explosões.
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