Venezuela. Luso-descendente apela a que oposição participe nas eleições

O venezuelano lusodescendente Manuel Teixeira, dirigente do partido da oposição Un Nuevo Tiempo (UNT, centro-esquerda) apelou hoje para que os partidos da oposição na Venezuela participem nas eleições regionais e legislativas de 25 de maio.

Notícia

© Marcos del Mazo/LightRocket via Getty Images

Lusa
21/02/2025 19:40 ‧ ontem por Lusa

Mundo

Venezuela

"A alternativa democrática da Venezuela deve defender nas urnas a maioria que construiu com esforço nos últimos anos", disse Manuel Teixeira durante uma entrevista ao programa A Tiempo do canal privado de televisão IVC.

 

O apelo do lusodescendente surge numa altura em que vários partidos políticos e líderes da oposição têm apelado para que a oposição não participe nas eleições, porque o Conselho Nacional Eleitoral ainda não divulgou as atas das eleições presidenciais de 28 de julho de 2024, que deram a vitória a Nicolás Maduro, mas cujos resultados a oposição contesta

"Temos de participar e somos obrigados a participar, especialmente quando dizemos que somos maioria. Quem está a ganhar não sai do ringue. Ninguém está a passar a página como alguns dizem, pelo contrário, temos de escrever mais páginas", disse o dirigente do UNT.

Manuel Teixeira insistiu que "participar não significa virar a página, mas sim lutar pelas vias políticas que estão estabelecidas na Constituição.

"No UNT somos fervorosos defensores do voto como instrumento de luta", sublinhou, considerando que a recente decisão do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) de adiar a data das eleições, de 27 de abril para 25 de maio, "dará mais tempo às forças democráticas para se organizarem melhor e para convencer de votar quem ainda considera uma boa ideia se abster".

Manuel Teixeira sublinhou ainda que é importante que a oposição tenha representantes eleitos no próximo parlamento da Venezuela, organismo que tem competência para nomear outros poderes vitais para o desenvolvimento da vida democrática do país.

"A Assembleia Nacional nomeia o Supremo Tribunal de Justiça e o CNE, é que juramenta (o Presidente) o mandato constitucional. Para além disso, há uma clara convocatória para uma reforma constitucional. É por isso que temos de votar, a nossa luta é para defender a democracia e o voto tal como o conhecemos", disse.

Em 19 de fevereiro o Concelho Nacional Eleitoral da Venezuela (CNE) adiou de 27 de abril para 25 de maio de 2025, a data das próximas eleições regionais e para a Assembleia Nacional (AN, parlamento).

Segundo o presidente do CNE, Elvis Amoroso, a reprogramação da data foi feita "a pedido de diferentes atores da vida democrática do país que decidiram participar plena e ativamente no processo eleitoral".

Segundo o CNE todos os partidos e candidatos que participam nas eleições previstas para este ano devem assinar um documento em que se comprometem a respeitar e acatar os "resultados emitidos pelo Conselho Nacional Eleitoral como poder constitucional da República", sem assegurar se serão comprovados com uma publicação detalhada dos resultados ou com as atas.

A líder da oposição, María Corina Machado, anunciou, dois dias depois, que até que o resultado das eleições presidenciais, em que insiste que o vencedor foi Edmundo González Urrutia, "entre em vigor", não é apropriado participar em "eleições de qualquer tipo".

Maduro foi empossado a 10 de janeiro no parlamento como Presidente da Venezuela para um terceiro mandato (2025-2031).

Leia Também: Venezuela investiga ataque em território em disputa com a vizinha Guiana

Partilhe a notícia

Escolha do ocnsumidor 2025

Descarregue a nossa App gratuita

Nono ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas