ONU precisa de 185 milhões para apoiar Moçambique após três ciclones

As Nações Unidas precisam de quase 200 milhões de dólares (184,4 milhões de euros) para assistência humanitária a 921 mil afetados pelos três ciclones que atingiram Moçambique desde dezembro, provocando cerca de 150 mortos, foi hoje anunciado.

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Lusa
21/03/2025 12:42 ‧ há 5 horas por Lusa

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De acordo com um relatório do Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA), divulgado hoje e consultado pela Lusa, o financiamento visa apoiar cerca de 525 mil crianças, 350 mil adultos, além de 46 mil idosos em sete províncias do centro e norte do país, afetadas pelas intempéries.

 

Estas foram necessidades detetadas na sequência da passagem dos ciclones Chido (dezembro), Dikeledi (janeiro) e Jude (março), que afetaram principalmente o norte do país, tendo deixado um rastro de destruição e mortes nas regiões.

Entre a assistência humanitária que será prestada, incluem-se na vertente da segurança alimentar e meios de subsistência, com um financiamento de 54 milhões de dólares (50,9 milhões de euros), serviços de saúde, com 20,9 milhões de dólares (19,3 milhões de euros) e produtos não alimentares, com 32,4 milhões de dólares (29,7 milhões de euros), explica o documento.

De acordo como o relatório, a província de Nampula, uma das mais afetadas por estes fenómenos climáticos no país, precisa de cerca de 46 milhões de dólares (42,4 milhões de euros) para a assistência a 234.000 afetados pelo Dikeledi, entre as quais 133.000 são crianças.

Os ciclones Chido e Dikeledi provocaram respetivamente pelo menos 120 e 11 mortos, e atingiram o país entre dezembro do ano passado e janeiro último, com maior impacto nas províncias de Cabo Delgado e Nampula, tendo afetado cerca de 736.000 pessoas e causado a destruição de infraestruturas públicas e privadas.

O Jude, o mais recente ciclone tropical, entrou em Moçambique em 10 de março, através do distrito de Mossuril, em Nampula, tendo feito, até ao momento, pelo menos 16 mortos e mais de 302 mil afetados nas províncias de Tete, Manica e Zambézia, no centro de Moçambique, e Nampula, Niassa e Cabo Delgado, no norte do país.

De acordo com os dados oficiais, do Instituto Nacional de Gestão e Redução do Risco de Desastres (INGD), há pelo menos 70.163 casas total ou parcialmente destruídas, outras 988 inundadas e 134 edifícios de culto afetados pelo ciclone Jude.

Moçambique é considerado um dos países mais severamente afetados pelas alterações climáticas globais, enfrentando ciclicamente cheias e ciclones tropicais durante a época chuvosa, mas também períodos prolongados de seca severa.

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