Em declarações na comissão senatorial das Finanças, afirmou que tinha ficado claro que não há espaço para dispensas, por se entender que essa estratégia de 'queijo suíço' mina a pretendida reciprocidade das taxas.
Greer adiantou que não há um calendário concreto sobre as negociações comerciais com outros países, se bem que, disse, cerca de 50 países já o tinham contactado para a redução das taxas alfandegárias decididas por Trump.
Por outro lado, acusou a China de não querer a "reciprocidade" com os EUA.
Por sua vez, o secretário do Tesouro, Scott Bessent, disse hoje de manhã que espera chegar a acordo "muito em breve" com Vietname e Japão.
Greer na sua intervenção no Senado revelou ainda que já há dois construtores automóveis que preveem aumentar a sua capacidade produtiva nos EUA.
As taxas anunciadas por Trump na semana passada semearam o pânico nas praças bolsistas e suscitaram críticas nos EUA, tanto de eleitos democratas como de republicanos, sobre as consequências de uma guerra comercial para a economia norte-americana.
Por exemplo, o senador democrata Ron Wyden criticou a Trump a "ausência de mensagem clara sobre como estas taxas alfandegárias foram decididas, quanto tempo vão estar em vigor, se são um instrumento negocial ou um projeto para tirar os EUA do comércio internacional".
Este senador pelo Estado do Oregon criticou o facto de, "no dia que se seguiram ao anúncio por Donald Trump das suas taxas alfandegárias, o presidente e os seus conselheiros mudaram de versões por várias vezes sobre todas estas questões".
Defendeu ainda que a decisão de aplicar taxas alfandegárias é um poder do Congresso, acusando o Executivo de o ter usurpado.
Um senador republicano, Thom Tillis, expressou as suas dúvidas sobre a indiferenciação da política alfandegária e interrogou a quem responsabilizar em caso de insucesso.
"A quem terei o prazer de apertar o pescoço se isto estiver errado?", perguntou a Jamieson Greer.
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