"O Presidente [Trump] foi muito claro ao expressar a contínua frustração com ambos os lados deste conflito e quer ver o fim da guerra", declarou a porta-voz em conferência de imprensa, no dia em que o líder russo, Vladimir Putin, se encontrava em São Petersburgo com o enviado especial dos Estados Unidos, Steve Witkoff.
No entanto, a porta-voz indicou que os Estados Unidos mantêm influência suficiente para negociar um acordo de paz e Trump está determinado a avançar.
O político republicano, que no regresso à Casa Branca em janeiro defendeu uma aproximação ao Kremlin e teceu duras críticas ao homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, manifestou recentemente insatisfação com os contínuos bombardeamentos russos na Ucrânia e falta de compromisso de Moscovo com uma trégua.
No âmbito destas negociações, Putin e Witkoff tinham agendado para hoje o terceiro encontro presencial desde 11 de fevereiro.
Pouco antes do início da reunião, Trump instou a Rússia a tomar medidas para pôr fim às hostilidades na Ucrânia.
"A Rússia precisa de se mexer. Muitas pessoas estão a morrer, milhares por semana, nesta guerra terrível e sem sentido. Uma guerra que nunca deveria ter acontecido, que nunca teria acontecido se eu fosse Presidente", afirmou na plataforma Truth Social.
Apesar da sua aproximação à Rússia, Donald Trump apenas conseguiu obter anuência de Vladimir Putin a uma trégua bastante limitada.
Em março, a Casa Branca anunciou que Kyiv e Moscovo acordaram uma moratória sobre os ataques às infraestruturas energéticas, mas desde então ambos os países acusam-se mutuamente de a violar.
Um acordo para uma trégua no mar Negro foi também anunciado em termos vagos e de âmbito limitado.
Se não for alcançado um cessar-fogo até ao final do mês, o líder norte-americano ameaçou impor sanções adicionais à Rússia, país excluído da guerra tarifária global.
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