"Não assistimos a esta situação desde há cerca de 100 anos, quando a política de então consistia em exterminar todos os grandes carnívoros", referiu Nina Jensen, secretária-geral do Fundo mundial para a natureza (WWF) na Noruega, denunciando um "abate massivo".
"Abater 70% da população de lobos não é digno de uma nação verde", acrescentou em comunicado.
Entre 65 e 68 lobos foram recenseados no passado inverno na Noruega, segundo o organismo especializado Rovdata, e pelo menos 25 outros nas regiões fronteiriças com a vizinha Suécia. Existem ainda um número não determinado de crias, que nasceram entre abril e maio.
Os criadores de gado queixam-se regularmente das razias que este predador provoca nos seus rebanhos de ovelhas.
"Consideramos justificado e inteligente o motivo [do abate], em particular o potencial que estes bandos de lobos representam para a criação de gado", considerou Erling Aas-Eng, responsável regional de uma organização camponesa, em declarações à rádio NRK.
Em junho, o parlamento norueguês decidiu limitar a entre quatro e seis o número de crias que nascem anualmente, três para a população nacional e as restantes para as alcateias que atravessam a fronteira com a Suécia.
Na lista norueguesa de animais em perigo o lobo está considerado "em perigo crítico de extinção".