Presente no protesto, o secretário-geral da Federação Nacional dos Professores (FENPROF), Mário Nogueira, criticou as políticas do Governo e prometeu ações de luta em todas as escolas que o ministro da Educação e Ciência irá visitar.
"Vamos protestar em todo o lado que este ministro vá. É preciso ter um grande lata e não ter vergonha na cara para andar a destruir o futuro da escola pública e da educação neste país, para despedir, sem regra, tudo o que são professores contratados e depois aparecer como se não fosse nada com ele", disse à agência Lusa Mário Nogueira.
"Não encontramos razões para este ministro entrar ainda numa escola pública. Esta é uma política de terra queimada e assim, dificilmente, nasce alguma coisa fértil", acrescentou.
O ministro Nuno Crato não se cruzou com os contestatários, pois entrou na escola secundária da Moita por uma porta lateral, tendo depois realizado uma visita ao estabelecimento e participado numa reunião com professores do agrupamento.
"Não vi nenhuma manifestação. Existem sindicalistas e dirigentes do sindicato que estarão a exercer o seu direito à manifestação à porta. Eu vim falar com os professores e com o diretor da escola e vamos ter uma reunião de trabalho", disse Nuno Crato.
Mário Nogueira disse que, a poucos dias do arranque do novo ano letivo, as escolas têm falta de pessoal auxiliar e de professores.
"Hoje, o desânimo e desencanto dos professores é enorme. Existem 18 mil professores com horário zero, que o ministério da Educação desenrascou alguma coisa para fazer, mas que sabem que a mobilidade especial é uma ameaça que para sobre si", salientou.
O secretário-geral da Fenprof garantiu que a luta vai continuar.
"A indignação chega e um ponto em que se confunde com revolta. Um dia destes estaremos todos na rua. A CGTP tem uma manifestação marcada para 19 de outubro e com certeza que será uma grande manifestação", concluiu.