A primeira sessão de julgamento do homicídio do triatleta Luís Grilo, que tem como arguidos Rosa Grilo e o, alegado amante, António Joaquim, terminou, esta terça-feira, ao fim de seis horas.
De acordo com os jornalistas que assistiram ao julgamento no Tribunal de Loures, a juíza exaltou-se por várias vezes durante o julgamento e questionou Rosa Grilo sobre a aparente "calma" e "normalidade" perante o violento homicídio do marido e pai do filho.
Apesar disso, a advogada de defesa da arguida, Tânia Reis, desvalorizou as palavras da magistrada e garantiu que a sua cliente "reiterou o que já tinha dito".
"[A Rosa] não sai mais fragillizada deste julgamento. Porque haveria de sair? É natural que a juíza exija vários esclarecimentos devido à complexidade do processo. A minha cliente reiterou o que já tinha dito. Não vamos mudar de estratégia porque esta é a única versão", disse a advogada.
Quanto às várias incongruências do testemunho de Rosa Grilo, Tânia Reis diz que "são normais" no discurso de uma pessoa que foi "sequestrada" e passou por este tipo de "choque".
Apesar das contradições sublinhadas pela juíza, a advogada assume que as suas expectativas são da absolvição da sua cliente.
Além de ter mantido a versão de que foi sequestrada por traficantes angolanos que executaram o marido na residência da família, na frente dela, Rosa Grilo, viúva do triatleta Luís Grilo, voltou a ilibar o amante, António Joaquim, de qualquer responsabilidade no crime.
A próxima sessão de julgamento irá realizar-se na próxima terça-feira, dia 17 de setembro.