Sindicato alerta para "gravidade de falta de efetivo policial" nos Açores

O Sindicato Nacional da Polícia (SINAPOL) nos Açores alertou hoje para a "atual gravidade da falta de efetivo policial", dizendo que devido a esta situação o tempo de resposta às solicitações "tem vindo a aumentar".

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Lusa
10/08/2020 16:49 ‧ 10/08/2020 por Lusa

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SINAPOL

 

"news_bold">"Vende-se a ideia de que tudo está bem, que há efetivos quando na realidade não há. Ultrapassado o ponto alto da pandemia que assolou o país e em particular a região, importa agora chamar atenção para a atual gravidade da falta de efetivo policial com que se debate o Comando Regional da PSP dos Açores", afirma o SINAPOL, em comunicado.

De acordo com a estrutura sindical, a situação deve-se a um "reforço insignificativo de efetivo ocorrido em finais de junho", que se traduziu "nuns simbólicos 12 elementos policiais", já que "até ao final do ano" o quadro do Comando Regional "sofrerá uma perda real de duas dezenas de elementos", a "acrescentar às mais de duas centenas já registadas, tendo em conta as saídas para a pré-aposentação" e "aliado ao inicio dos vários cursos de formação de agentes coordenadores, chefes e de chefes coordenadores".

O SINAPOL-Açores lembra que "desde 2010", e "ano após ano", vem alertando para "a falta de efetivo policial no Comando Regional da PSP dos Açores, uma situação que tem sido dada a conhecer em "reuniões com a hierarquia de Comando (que reconhecemos tudo fazer), junto da Direção Nacional da PSP" e "até mesmo ao próprio Ministério da Administração Interna".

"A falta de efetivo é agora mais evidente, em que a principal esquadra da região, sediada em Ponta Delgada (na ilha de São Miguel), tem a necessidade de solicitar aos cidadãos que ali se deslocam no período noturno para apresentarem denuncias que ali regressem pela manhã, atendendo há falta de efetivo que nesse período se faz sentir", avança o sindicato.

Para o sindicato, "é chegado o momento" para "solucionar a grave situação que se sabe ser transversal a todo o país, mas que devido à especificidade geográfica da região, a situação é ainda mais grave e de caracter urgente na sua resolução", considerando que uma das soluções para já "pode passar pela colocação imediata dos elementos policiais de origem local (24 elementos policiais)".

O SINAPOL-Açores garante que a segurança da população "não está posta em causa", mas diz que "o tempo de resposta às solicitações que são dirigidas à polícia tem vindo aumentar", o que "é preocupante".

A direção do sindicato aponta ainda o "cansaço" e o "desgaste" dos elementos policiais, atendendo "às exigências diárias que lhes são impostas, muitas das quais vão além das suas funções".

"E só com muito sacrifício dos elementos policiais os objetivos têm sido cumpridos, com a manutenção dos índices de criminalidade baixos, continuando a Região Autónoma dos Açores a ser na essência da palavra uma região segura", salienta.

Na região, o sindicato tem sensibilizado os partidos políticos com assento parlamentar na Assembleia Legislativa Regional dos Açores, autarcas e a Presidência do Governo Regional para "a falta de efetivo policial no arquipélago açoriano", que, segundo aponta o SINAPOL, "foi evidenciada durante o período de estado de emergência".

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