A acusação surgiu após uma investigação do SEF iniciada em 2018 e que durou cerca de um ano, que permitiu a sinalização e salvaguarda de dois cidadãos originários da Europa de Leste, um comunitário e outro de país terceiro, que, na altura, foram imediatamente instalados em habitações seguras, dimensionadas para alojar cidadãos vítimas de tráfico de pessoas.
Segundo o SEF, os dois cidadãos estrangeiros foram durante vários anos objeto de exploração laboral por parte dos agora acusados, "a troco de remunerações irrisórias ou inexistentes", sendo estes obrigados a trabalhar além dos limites horários impostos por lei e pernoitando em vacarias e viaturas.
Os patrões nunca trataram da sua regularização documental em Portugal.
A empresa envolvida desenvolvia parte da sua atividade na venda de produtos em feiras, e as vítimas carregavam e descarregavam o material que ia ser vendido e realizavam, ainda, trabalho doméstico indiferenciado.
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