O Hospital de Santa Marta, em Lisboa, realizou um transplante pulmonar a um doente de 56 anos que esteve 162 dias (cerca de seis meses) em suporte de Oxigenação por Membrana Extracorporal (ECMO) na Unidade de Urgência Médica do Hospital de São José, também em Lisboa.
Segundo indicou o Serviço Nacional de Saúde (SNS), numa nota publicada no seu site, o “doente foi proposto para ECMO ao 15.º dia de internamento”, num outro centro hospitalar, e foi “transferido, de seguida, para o Hospital de São José”.
“Durante a permanência em ECMO registaram-se várias complicações, tais como, infeções bacterianas, insuficiência cardíaca e hemorragia com necessidade de múltiplas transfusões”, acrescenta a nota.
A ventilação mecânica invasiva acabaria por ser suspensa ao 42.º dia de internamento, “mantendo-se apenas sob suporte ECMO e um longo processo de reabilitação”. Sem melhorias a nível pulmonar, foi proposto um transplante.
A cirurgia “decorreu com a conversão de ECMO-VV (venovenoso – suporte respiratório) para ECMO central VA (venoarterial – suporte pulmonar e circulatório) e com a implantação de apenas dois lobos”, decisão que se deveu “à pequena estatura do doente recetor e à urgência do procedimento”.
A intervenção decorreu de acordo com o programado e, 138 dias após o transplante, “o doente teve alta sem suporte de oxigénio, autónomo e mantendo um programa de reabilitação”.
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