Marcelo Rebelo de Sousa, que chegou hoje à África do Sul para as comemorações do Dia de Portugal, falava na Cidade do Cabo, num encontro centenas de portugueses e lusodescendentes na Associação Portuguesa do Cabo da Boa Esperança.
Durante o seu discurso, o chefe de Estado referiu-se à preocupação dos emigrantes na África do Sul com a ausência uma ligação aérea direta a Portugal: "Como eu compreendo, fui hoje dar a volta ao Dubai para chegar aqui, não se pode dizer que seja a linha reta".
"Vai-se para leste para depois vir para o sul. Convinha ser mais direto", considerou.
O Presidente da República, que seguirá ainda hoje à noite de avião para Pretória, antecipou algumas das mensagens que tenciona transmitir ao seu homólogo sul-africano, Cyril Ramaphosa, que o receberá na terça-feira de manhã: "Eu vou dizer, em relação às nossas comunidades, o seguinte: que nós temos a agradecer à África do Sul, desde sempre, o ser a potência que é".
"Nós esperamos que saiba sempre compreender e aceitar também a potência que é Portugal e a potência que são as nossas comunidades aqui", prosseguiu, descrevendo Portugal como "uma potência, na língua, na cultura, nas comunidades e no papel das Forças Armadas".
Marcelo Rebelo de Sousa prometeu dizer ao Presidente da África do Sul "que esta comunidade quer ficar cá, vai ficar cá e quer ter futuro cá".
"Nós queremos que haja esse futuro, um futuro com condições económicas, sociais e segurança, queremos isso. E queremos reforçar as relações com a África do Sul, bilaterais, isso é muito importante. E o vosso papel é decisivo", acrescentou.
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