A Guarda Nacional Republicana (GNR) anunciou, esta terça-feira, que vai desenvolver, até ao dia 31 de dezembro, a 'Operação Campo Seguro', de forma a "intensificar o patrulhamento, fiscalização e sensibilização", nas explorações agrícolas e florestais em todo o território nacional. No ano passado, morreram 47 pessoas em acidentes com veículos agrícolas.
Em comunicado, a força de segurança explica que pretende sensibilizar a população para a adoção de comportamentos "a fim de prevenir eventuais ilícitos criminais, nomeadamente o furto de produtos agrícolas, o furto de cobre e outros metais não preciosos, situações de exploração do trabalho, relacionadas com o tráfico de seres humanos e ainda, para a utilização segura de veículos agrícolas e florestais".
Em 2022, revela a força de segurança, registaram-se 561 acidentes que envolveram veículos agrícolas, dos quais resultaram 47 vítimas mortais e 64 feridos graves.
Atendendo a estes números, "serão desencadeadas ações de sensibilização dirigidas aos utilizadores de tratores e máquinas agrícolas, com o objetivo de fazer cumprir as regras de segurança e prevenir a ocorrência de acidentes na manobra de veículos/máquinas agrícolas e florestais".
Entre os conselhos, está a "manutenção do veículo, uma vez que o mau funcionamento pode causar acidentes", a importância das "estruturas de proteção, como o arco de 'Santo António'", que "podem evitar a morte do condutor ou reduzir a gravidade dos ferimentos", além da utilização de "acessórios de iluminação e sinalização, de acordo com a lei".
A GNR aconselha ainda a que se frequentem "ações de formação teóricas e práticas", para conhecer "os riscos da condução de tratores e máquinas agrícolas e florestais", a não conduzir "sob o efeito de álcool, fadiga ou em velocidade não adequada às condições do veículo e à carga transportada" e a respeitar "os limites de carga e dimensão das máquinas e tratores agrícolas e florestais".
Para garantir que as diversas campanhas agrícolas decorrem num clima de segurança, a GNR irá desenvolver ações de policiamento de proximidade e de fiscalização, empenhando militares de diferentes valências, nomeadamente, dos Comandos Territoriais, do Serviço de Proteção da Natureza e Ambiente, da Unidade de Segurança e Honras de Estado e da Unidade de Ação Fiscal.
Já para fazer face à criminalidade transfronteiriça, serão efetuadas ações de controlo e fiscalização do transporte de produtos agrícolas e florestais nos pontos de passagem da fronteira terrestre, em coordenação com a Guardia Civil.
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